Por Coisas da Política

[email protected]

COISAS DA POLÍTICA

Ciro defende punição a Bolsonaro por reunião com embaixadores

'Trata-se de saber se o presidente cometeu ou não um ilícito eleitoral. Uma das maiores indignidades que eu já testemunhei na minha vida foi ver o presidente da minha República reunir 40, 50 embaixadores estrangeiros para difamar, caluniar e desmoralizar as instituições centrais do Brasil', disse o pedetista

Publicado em 20/08/2022 às 08:16

Alterado em 20/08/2022 às 08:16

Fábio Grellet - O candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, afirmou no início da noite desta sexta-feira, 19, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) merece "no mínimo uma multa" pela reunião que promoveu com embaixadores em 18 de julho no Palácio da Alvorada para lançar dúvidas sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro. Horas antes, nesta sexta-feira, o PDT havia anunciado que impetrou uma ação perante o Tribunal Superior Eleitoral (PDT) pedindo a impugnação da candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, por conta dessa reunião.

“Trata-se de saber se o presidente cometeu ou não um ilícito eleitoral. Uma das maiores indignidades que eu já testemunhei na minha vida foi ver o presidente da minha República reunir 40, 50 embaixadores estrangeiros para difamar, caluniar e desmoralizar as instituições centrais do Brasil. Essa vergonha não pode passar impune. No mínimo uma multa acho que ele merece”, afirmou Ciro, que esteve no Rio de Janeiro à noite para inaugurar um comitê eleitoral na Tijuca (zona norte). “A Suprema Corte Eleitoral brasileira deve ter a capacidade de interpretar a lei e ser severa com todos nós. Todos nós somos obrigados à lei”, concluiu, sobre o tema.

De bom humor, o candidato brincou ao responder duas perguntas dos jornalistas. Questionado se está confiante de que vai chegar ao segundo turno, ele afirmou que "na minha cabeça o plano é ganhar no primeiro turno, mas, como eu tenho uma certa modéstia, humildemente vou procurar ganhar um dos lugares no segundo turno".

Depois, questionado sobre a estratégia para superar a estagnação nas pesquisas de intenção de voto, disse: "o plano é atacar em trancelim e defender em zigue-zague, tentando evitar aquilo que o Fluminense fez com o Fortaleza ontem, que não se faz", referindo-se ao jogo de quarta-feira, 17, quando eliminou o time cearense da Copa do Brasil.

Depois, em discurso de quase 25 minutos aos correligionários, Ciro repetiu que é o único candidato a presidente que propõe uma reforma política e social, fez mais críticas ao ex-presidente e candidato petista à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (“seu Luiz Inácio apoiou Moreira Franco contra Darcy Ribeiro”, afirmou, referindo-se à eleição para governador do Rio em 1986) e ao PT (“virou uma usina de destruição do pensamento progressista”, disse). Ao exaltar o candidato do PDT ao governo do Rio, chamou seu adversário Marcelo Freixo, que concorre ao governo pelo PSB, de "camaleão político". Dias atrás, Freixo afirmou que não defende mais a legalização da maconha nem a renegociação do Regime de Recuperação Fiscal que o Estado do Rio firmou com a União.

Tags: