Aeroportos

Metaverso substituindo as viagens de negócios. Cidades-aeroporto como resposta a velocidade na logística

Por RICARDO SALLES

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A transformação da sociedade alcançou os aeroportos, vetores importantes no desenvolvimento das cidades, ainda mais as candidatas a inteligentes. Estes vêm sofrendo com a substituição das reuniões presenciais pelas virtuais, aí é que entra a virtualização. O metaverso é só uma das novas ferramentas neste novo e eficaz mundo dos negócios.

Você pode simular sua presença em outro local, mas as mercadorias compradas no mundo virtual (principalmente) aceleram as demandas de cargas, parte esta que já é a mais lucrativa e tende a crescer cada vez mais. As compras a cada dia saem mais das lojas físicas e o mundo passa a ser o shopping das pessoas e das empresas, sendo a internet o meio e as rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, a parte logística que têm feito estas mercadorias chegarem até você.

Há 10 anos surge um conceito que ressignifica um hub aeroportuário, a aerotrópolis. John D. Kasarda, em sua tese, traz a visão de que aeroportos começam a adotar o modelo de cidade-aeroporto, desenvolvendo terminais em seu entorno. Aeroportos, passam a assumir uma condição de distrito comercial/industrial, onde a logística é o tema central.

Um dos principais aeroportos do Brasil é hoje o foco de nossa atenção, o Galeão, pois além de sua centralidade, está dentro da Baía de Guanabara, com uma área bem extensa e com todas as condições para se adaptar às transformações necessárias.

Os três níveis de governo devem se unir a iniciativa privada em prol do desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida da população. Podemos observar nas imagens a seguir que em um raio de 200km há uma pequena interseção entre os três principais aeroportos internacionais brasileiros, o de Guarulhos-São Paulo, o de Viracopos-Campinas SP, o de Confins-Minas Gerais e o famoso Aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro.

O Aeroporto do Rio de Janeiro, além do potencial de passageiros de turismo, é um grande hub de cargas, muito facilitado pela localização e a intermodalidade. Como exemplo, podemos imaginar que as cargas que chegam pelas aeronaves podem ser redistribuídas por cabotagem.


 

 

 

Considerando que o turismo de negócios caiu e sofre para se recuperar, e que o de lazer tende a crescer, precisaremos observar mais atentamente e entender como será a nossa interação a partir deste cenário.

Quais os motivos que nos levarão a uma interação pessoal, seja no trabalho ou mesmo em família? O que nos motivará a nos mover de um lado para o outro? Quais as experiências que só viveremos presencialmente e quais as que poderão ser experimentadas pelas videoconferências, ou até mesmo em uma imersão holográfica?

As experiências presenciais estão relacionadas a algumas modalidades de turismo, a cultural, ao ecoturismo, ao rural, ao de esportes e de aventura, ao de sol e praia e ao de saúde. São esses os que têm o maior potencial de crescimento. Temos buscado mais e mais qualidade de vida.

Já por outro lado, experiências presencias de negócios e eventos tendem a diminuir. Grande parte destas já foram para o mundo virtual e de lá não voltarão.

Shows acontecerão na sala de sua casa, onde quer que ela esteja. O 5G é o meio que viabilizará isso tudo, e daí em diante o Rock será in home.

 

 

 

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