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Grupo 'Mulheres Unidas contra Bolsonaro' volta a funcionar após ataque cibernético

O grupo 'Mulheres Unidas contra Bolsonaro', criado no Facebook no final do mês passado em protesto contra o candidato à presidência pelo PSL, foi alvo de um ataque de hackers no início deste domingo, ficando temporariamente fora do ar. A polícia abriu uma investigação para apurar as responsabilidades pelo crime.

Reprodução/Facebook -
Mulheres contra Bolsonaro
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Lançada no último dia 30, a página conseguiu atrair, em pouco mais de duas semanas, mais de 2,5 milhões de mulheres indignadas com o que afirmam ser um comportamento machista e misógino do deputado federal Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República. Nesta madrugada, no entanto, o grupo foi alvo de um ataque cibernético, que levou o Facebook a suspender o seu funcionamento temporariamente.

De acordo com o El País, desde a última sexta-feira, já havia sinais da ofensiva contra a mobilização na Internet, com invasões de contas e ameaças contra moderadoras e administradoras da página, como a de divulgar seus dados pessoais na rede.

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Mulheres contra Bolsonaro (Foto: Reprodução/Facebook)

Ao saber do ocorrido, diversas personalidades e internautas em geral, homens e mulheres, se manifestaram nas redes sociais demonstrando indignação com o ocorrido.

Concorrentes de Bolsonaro na corrida presidencial, Marina Silva (REDE), também candidata a presidente, e Manuela d'Ávila (PCdoB), candidata a vice na chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT), foram algumas das que se revoltaram com o incidente. Em publicação no seu Twitter, Manuela afirmou que, apesar do ataque, os responsáveis por isso não poderão mudar o voto e a força das mulheres que se opõem ao candidato do PSL. Prova disso seriam os diversos atos contra ele marcados pelo Brasil nas próximas semanas. Já Marina descreveu o caso como um exemplo do que ocorre em ditaduras e pediu punição para os responsáveis.

A Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) informou, segundo o G1, que o Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos, da Polícia Civil da Bahia, abriu uma investigação para apurar os detalhes da invasão à página 'Mulheres Unidas contra Bolsonaro'.