Um grupo delas se destaca nos belos jardins do fundo da Biblioteca Nacional (Rua México).
A palmeira se caracteriza por seu fino tronco, completamente tomado por longos espinhos negros, e por seus frutos (coquinhos) de coloração intensamente avermelhada.
Chamada popularmente de Tucumã, ou Palmeira Tucum (Astrocaryum vulgare) esta palmeira notável é de origem amazônica e tem presença alimentar e ritualística entre diversos povos nativos daquela região.
Os coquinhos, produzidos em cachos enormes, são usados pelos índios amazônicos como alimento e para confeccionar os populares anéis de tucum, de característica cor negra. Este ornamento foi adotado por missionários para expressar amizade e solidariedade com os pobres, na luta por justiça social e direitos humanos.
A Tucumã é uma aula viva de como os seres vivos desenvolvem estratégias para maximizar a sobrevivência e a expansão da sua espécie.
De fato, os espinhos constituem uma forte barreira para evitar que pequenos animais alcancem os saborosos coquinhos, já que a referida palmeira dá preferência às aves, pelo maior poder de dispersão das sementes desses animais alados.