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Pesquisadores americanos abrem mão de experiências com chimpanzés

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Agência EFE

ESTADOS UNIDOS - O Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos vai parar de criar chimpanzés para utilização em pesquisas médicas governamentais, anunciou na última qunta-feira a organização de defesa dos direitos dos animais The Humane Society.

Segundo a entidade, o Centro Nacional de Recursos e Investigações do NIH (NCRR) alegou motivos financeiros para tomar a decisão. Mas o fim do uso de chimpanzés para experiências médicas é uma reivindicação dos grupos de defesa dos animais.

O NCRR disse esta semana em comunicado de imprensa no seu site que os chimpanzés podem viver cerca de 50 anos em cativeiro. Um cuidado de alta qualidade para os animais representa uma despesa acima de US$ 500 mil anuais, um valor que poderia ser usado para desenvolver outros programas.

The Humane Society especula que a decisão tenha sido adotada também por possíveis motivos éticos. Segundo o grupo, a partir de agora o NCRR financiará somente os cerca de 500 chimpanzés que já estão em seus laboratórios e 90 que vivem em santuários federais porque não são mais necessários para investigações.

- A decisão constitui um enorme passo rumo a um futuro em que não se utilizarão mais os chimpanzés para pesquisas e testes - disse Kathleen Conlee, diretora do programa de animais utilizados para pesquisa da Humane Society, em comunicado de imprensa divulgado nesta sexta-feira.

- É uma decisão monumental - disse.

- Nosso objetivo final é acabar com o uso de chimpanzés para investigações e levar todos a um santuário apropriado e permanente - concluiu a defensora dos direitos dos animais.

Apesar da decisão, o NCRR disse que está consciente da importância dos chimpanzés para a pesquisa biomédica. Mas alegou a "responsabilidade fiscal" para justificar a medida.

Cerca de 1.300 chimpanzés vivem atualmente nos laboratórios americanos, alguns capturados ainda filhotes na África e outros nascidos em cativeiro, em centros de pesquisa, em zoológicos ou em circos.