Agência Brasil
BRASÍLIA - Gilberto Gil defendeu que a TV digital seja como a web 2.0 e ofereça possibilidades para conteúdo gerado pelo usuário.
Gil fez a afirmação no 1º Fórum Nacional de TVs Públicas, que acontece esta semana em Brasília. Para isso, o governo deverá investir na inclusão digital para que a interação se concretize. "O fortalecimento da TV pública tem também que estar acompanhado de um programam abrangente do fortalecimento da inclusão digital no país", afirmou Gil.
O ministro destacou que a TV digital já é uma realidade para "jovens que fazem seus filmes em rede, para os que divulgam e fazem livre programação, para os que podem navegar entre milhares de escolhas de conteúdos".
"O novo estágio dos direitos culturais já chegou. A TV digital que temos que expandir pela internet é uma TV de acesso diferenciado, de interação radical, lugar de baixar e descer conteúdos, de troca. Precisaremos de uma TV pública que dialogue imediatemente e pratique as possibilidades reais que a internet já oferece."
O ministro da Cultura defendeu que a diversidade regional e a produção independente estejam presentes na programação das emissoras públicas. Uma TV que evite a degradação da solidariedade, que reconheça as nações indígenas, que promova a atualização de valores, valorize a diversidade e o acesso à informação.
Na opinião de Gilberto Gil, a TV pública deve ser uma forma de entretenimento inteligente para a população. A TV pública deve buscar capacitar e ser uma das grandes formas do entretenimento no Brasil, entreter sem deixar de ser inteligente e sem perde suas finalidades próprias."
O 1º Fórum Nacional de TVs Públicas acontece esta semana, em Brasília. O evento reúne geradores e programadores de TV Públicas, representantes das agências reguladoras do cinema e das telecomunicações, de universidades, organizações da sociedade civil e do governo Federal. Participam das plenárias representantes de emissoras públicas estrangeiras como a BBC, do Reino Unido, NHK, do Japão, e a RTP, de Portugal.