CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Cabeça de mármore de Hércules é achada em restos de barco naufragado há mais de 2.000 anos

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Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 22/06/2022 às 15:25

Alterado em 22/06/2022 às 15:25

Cabeça de mármore de Hércules achada em restos de barco Antikythera naufragado há mais de 2.000 anos Foto: Return to Antikythera/Orestis Manousos

Um grupo de mergulhadores do Eforato de Antiguidades Subaquáticas, departamento do Ministério da Cultura da Grécia, encontrou recentemente entre os restos de um navio naufragado no século I a.C. a cabeça de uma figura masculina que parece representar Hércules.

A descoberta foi anunciada em um comunicado nesta segunda-feira (20) pela expedição Return to Antikythera.

Concretamente, trata-se de uma peça de mármore do tipo farnésio que provavelmente pertencia à estátua acéfala Hércules de Anticítera, que foi recuperada em 1900 e que se encontra atualmente exposta no Museu Arqueológico Nacional de Atenas.

 

 

Cabeça desaparecida da estátua de mármore de Hércules encontrada no local de naufrágio de Anticítera. Comunicado de imprensa aqui

Além disso, foi encontrado o plinto de uma estátua de mármore, que inclui a parte inferior das pernas, coberto por uma espessa camada de depósitos marinhos. Espera-se que, uma vez limpo e restaurado, seja possível efetuar uma análise mais aprofundada para obter mais detalhes sobre o mesmo.

Também foram encontrados dois dentes humanos junto a fragmentos de cobre, madeira e outros materiais próprios de um naufrágio marinho. O comunicado indica que a análise genética e isotópica dos dentes poderia ser útil para obter informação sobre o genoma e outras características relevantes para conhecer a origem dos indivíduos a que pertenceram.

 

Outros achados

Por outro lado, foram recuperados numerosos objetos do material do navio, como pregos de bronze e ferro, o colar de chumbo de uma âncora de madeira de grande tamanho e massas amorfas de concreção de ferro cobertas de restos marinhos, que serão posteriormente analisadas com raios X.

A missão incluiu mover uma grande quantidade de rochas para poder acessar uma parte do navio naufragado até agora inexplorada. Todos os achados foram transportados de forma segura para as instalações do Eforato de Antiguidades Subaquáticas.

Os achados foram documentados com precisão e serão integrados ao modelo 3D do site dedicado ao naufrágio. O objetivo dos arqueólogos é analisar o material de que dispõem para entender melhor como era a embarcação, bem como determinar qual poderia ter sido sua rota. (com agência Sputnik Brasil)

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