CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Empresa desenvolve canhão espacial capaz de colocar satélites em órbita em 10 minutos

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Por JB CIÊNCIA
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Publicado em 18/04/2022 às 17:17

Alterado em 18/04/2022 às 17:20

Satélite disparando um feixe de partículas na Terra, em algum lugar perto do Irã, em apresentação dos EUA sobre domínio espacial; fevereiro de 1997 Foto:US Space Command Vision

A empresa dos EUA Green Launch desenvolveu um canhão de hidrogênio para lançar pequenos veículos à orbita terrestre baixa.

Com um tubo de lançamento de teste de 16,5 metros carregado de hidrogênio com mistura de hélio e oxigênio, a companhia foi capaz de fazer disparar uma carga útil na estratosfera a uma velocidade superior a Mach 3, ou seja, a cerca de 3.704 km/h.

O aparelho pode ser usado a cada 60-90 minutos, enviando o projétil hipersônico para o céu, onde, de acordo com o diretor de desenvolvimento comercial da Green Launch, Eric Robinson, "atravessará a atmosfera em um minuto e se desprenderá de seu aeroescudo", informa portal New Atlas.

As órbitas terrestres baixas, localizadas entre 300 e 1.000 km de distância, podem ser alcançadas em menos de duas horas, e algumas mais rápido ainda.

 

 

"Seus satélites e suprimentos podem estar em órbita em 10 minutos", aponta Robinson. Espera-se que os lançamentos alcancem velocidades superiores Mach 5 (6.174 km/h) e até Mach 20 (24.696 km/h).

"Isto tem zero emissões de carbono e nos permitirá revolucionar o acesso ao espaço e abrir o Sistema Solar à exploração tripulada", afirmou o diretor de operações e diretor científico da empresa, John Hunter.

Além disso, os projetistas têm como objetivo no final deste ano aumentar a velocidade o suficiente para que um projetil atravesse a Linha de Karman, situada a uma altitude de 100 km acima da Terra, e entre no que é conhecido como o início do espaço exterior.

Enquanto isso, a empresa adiantou que o primeiro uso prático desta metodologia de lançamento será a amostragem atmosférica da mesosfera para fornecer dados cruciais aos climatologistas. (com agência Sputnik Brasil)

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