CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Twitter cede a pressão e inclui Brasil em testes de ferramenta para denunciar 'fake news'; Bolsonaro é contra

Rede social opta por incluir Brasil, Filipinas e Espanha em experimento que visa a combater fake news e desinformação. Além da pressão de usuários, eleições brasileiras teriam impulsionado o lançamento dos testes

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 18/01/2022 às 10:54

Alterado em 18/01/2022 às 10:58

[Antiga logomarca do Twitter] Mesmo após troca por um X, o pássaro branco com fundo azul ainda aparece na rede social Antonio Cruz/ Agência Brasil

O Twitter decidiu nessa segunda-feira (17) acatar o pedido de usuários e vai incluir o Brasil no recurso da plataforma que denuncia desinformação, ainda em fase de testes.

O anúncio acontece em meio à crise entre a rede social e usuários sobre a política da empresa para lidar com conteúdo falso, especialmente sobre a covid-19 e vacinação.

Além do Brasil, o experimento, que já é realizado em outros países desde 2021, será expandido para Espanha e Filipinas.

As eleições no Brasil e nas Filipinas também teriam contribuído para que fossem integrados aos testes: "Contribuirá para a avaliação de como esta ferramenta de denúncias seria usada em períodos de grandes eventos cívicos", diz em texto a rede social.

Atualmente, o recurso é testado nos Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul, e já recebeu 3,73 milhões de denúncias referentes a 1,95 milhão de diferentes tuítes publicados por 64 mil contas distintas, conforme dados da plataforma.

 

Poderio 'ditatorial' pró-esquerda, diz Bolsonaro

Ao mesmo tempo, nessa segunda (17), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), disse que há um "poderio ditatorial para controlar as pessoas" nas redes sociais, que estaria favorecendo a esquerda.

De acordo com o jornal O Globo, Bolsonaro declarou que vai conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a medida provisória (MP) que dificultaria a ação das redes sociais em apagar conteúdos publicados por usuários.

Na semana passada, o presidente declarou que não vai admitir ser banido das redes sociais durante a campanha eleitoral deste ano. Bolsonaro avisou que considerará esse tipo de medida "fora das quatro linhas" da Constituição. (com agência Sputnik Brasil)