CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Ministério da Ciência e Tecnologia libera o uso comercial da Sputnik V
Por Jornal do Brasil
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Publicado em 26/04/2021 às 19:31
Alterado em 26/04/2021 às 19:37
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) aprovou nesta segunda-feira (26) a liberação comercial da vacina russa Sputnik V.
A decisão foi tomada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), ligada à pasta, e anunciada momentos antes da reunião final para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidir se autoriza ou não a importação da Sputnik V.
A CTNBio analisou a liberação comercial da Sputnik V a partir de informações apresentadas à pasta pelo laboratório brasileiro União Química, que quer produzir o imunizante da Rússia no Brasil.
Em nota, o MCTI, "para que qualquer organismo geneticamente modificado seja introduzido no mercado, é necessário que seja liberado para uso comercial pela CTNBio, como alguns tipos de vacinas, a exemplo da Sputnik V".
No texto divulgado pelo ministério, o ministro Marcos Pontos destacou que a aprovação por parte da CTNBio aconteceu antes do prazo final, 28 de abril, e é "consequência dos esforços do governo".
Ainda nesta segunda-feira (26), as redes sociais da vacina Sputnik V fizeram uma série de publicações defendendo o uso do imunizante no Brasil. "Prezada Anvisa, não temos tempo a perder. Deixe-nos começar a salvar vidas no Brasil. A Sputnik V foi autorizada em 61 países com uma população de mais de 3 bilhões de pessoas", diz uma das mensagens.
A Sputnik V compartilhou com a Anvisa todas as informações e documentações necessárias, muito mais do que o utilizado para homologar a Sputnik V em 61 países. Esperamos que a ciência, e não a pressão de outro país, seja usada para a tomada de decisão.
— Sputnik V (@sputnikvaccine) April 26, 2021
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Apesar da decisão da CTNBio, a importação só poderá ocorrer caso a Anvisa autorize a operação. Na semana passada, Jair Bolsonaro e o presidente russo Vladimir Putin chegaram a conversar sobre a importação do imunizante. No entanto, o pedido feito à Anvisa pela farmacêutica brasileira União Química para o uso emergencial da vacina russa ainda não foi autorizado. (com agência Sputnik Brasil)