ASSINE
search button

Presidente da Unidos da Tijuca queria que Grande Rio fosse julgada

Compartilhar

RIO - "Lamentei muito o incêndio que atingiu a Grande Rio e as outras duas escolas (União da Ilha e Portela). Na verdade, eu queria muito que a Grande Rio fosse julgada. Queria vencê-los de novo". A declaração do presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, na concentração da escola, sobre sua grande rival no ano passado, poucos minutos antes da agremiação entrar na avenida, revela que a Tijuca não está para brincadeira.

Favoritos a levar mais um título com o enredo "Esta noite levarei a sua alma", os integrantes dão o recado. "Se divertir é importante, mas vencer é mais ainda",  como garante o ritmista Wilson de Lima, 35 anos, 15 deles dedicados à Azul e Amarela do Morro do Borel.

Questionado sobre o grande trunfo da Unidos da Tijuca para levar o título este ano, Fernando Horta desconversa e diz que o público vai ver tudo durante o desfile. Sobre o carnavalesco Paulo Barros ter se tornado uma das peças fundamentais para o excelente rendimento da escola nos últimos anos, Horta alfineta: "O Paulo não faz nada sozinho. Sem um bom presidente e integrantes dedicados, também não dá para ganhar o carnaval".

Para ele, a grande chance da escola levar mais um título este ano deve-se ao fato da Tijuca ser a escola que menos tem medo de apostar no diferente, de ousar. "Até o ano passado, a Tijuca não tinha a metade da popularidade que tem hoje. Com a nossa irreverência no ano passado, as pessoas começaram a nos enxergar. Antes, eram poucos os que nos viam como uma grande escola".

A rainha de bateria da escola, a modelo Adriane Galisteu, deve permanecer à frente dos ritmistas do Borel. Segundo Horta, uma conversa  ainda esta semana deve decidir se a rainha vai ser ou não mantida, após uma série de faltas nos ensaios da escola para o desfile desta noite.

"Por enquanto a Galisteu fica, todo mundo fica. Nós vamos conversar, mas por enquanto ela vai ser mantida", resguarda-se Horta.

Representando Medusa com um collant cor de pele e muitas lâmpadas espalhadas por tOda a fantasia, a modelo Adiane Galiesteu brincou durante sua entrada na Passarela do Samba, dizendo que se for preciso, ela abandona o posto de rainha da bateria.

"O que eu não quero é largar a escola, tenho uma forte relação com a comunidade. Eu venho até de baiana se for o caso. Não quero é deixar a escola", finalizou.