CINEMA

Crítica - ‘Planeta dos macacos: o reinado’: o triunfo da técnica

Cotação: três estrelas

Por TOM LEÃO
nacovadoleao.blogspot.com.br

Publicado em 09/05/2024 às 11:33

Alterado em 09/05/2024 às 11:44

O novo filme da saga 'Planeta dos macacos: o reinado' traz uma história completamente nova e tem efeitos especiais simplesmente espetaculares Foto: divulgação

O novo filme da série/saga ‘Planeta dos macacos’ alcançou um grau tão alto em sua parte técnica (sobretudo na animação CGI e na captura de movimentos dos atores/macacos), que em poucos minutos a gente esquece que está vendo uma espécie de ‘desenho animado’ supersofisticado. Porque quase nada do que a gente vê na tela, sobretudo nos primeiros 20 minutos, é real. É tudo CGI.

Nada disso interfere na trama (a não ser para ajudá-la), que, depois de três filmes (dois dirigidos por Matt Reeves, que são um reboot dos originais dos anos 1970, sendo que o primeiro e melhor de todos ‘Planeta dos macacos’ é de 1968), traz uma história completamente nova e original. Ela se passa cerca de 300 anos depois dos fatos mostrados no último filme (‘Planeta dos macacos: a guerra’, 2017), quando o líder dos símios, César, agora é apenas uma figura lendária. Contudo, seus ensinamentos são interpretados de modo errôneo por um gorila chamado Maximus, que, baseado em relatos de livros de História Romana, quer construir um império e ser o rei absoluto. No entanto, um jovem chimpanzé, Noa, questiona alguns fatos do passado e entende que, o que César sempre quis, foi a integração pacifica entre humanos e macacos. Mas não será fácil.

Ligando os dois lados, humanos e símios, está a misteriosa Mae (Freya Allan) que sabe de coisas que os macacos desconhecem. No decorrer da trama, notamos alguns elementos que nos remetem ao filme original: como a trilha incidental pontual, alguns cenários familiares (que se passa no que seria a Costa Leste dos EUA, este novo, visivelmente, está na Costa Oeste, sobretudo no que um dia foi Los Angeles), e sua conclusão nos leva para uma teoria (caso o filme tenha boa recepção e ganhe continuações): ao que parece, depois de os humanos terem sido subjugados pelos macacos, ao longo de séculos, depois de uma hecatombe nuclear, dá a entender que, no ‘agora’ do filme, os humanos remanescentes se preparam para o momento de virada, que nos levará a, novamente, ser os seres dominantes do planeta, fechando toda a história com um loop espaço-tempo. Torço para dar certo. Porque esse recomeço é promissor.

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COTAÇÕES: ***** excelente / **** muito bom / *** bom / ** regular / * ruim / bola preta: péssimo.