Após quatro anos, a Mostra do Filme Livre está de volta ao vivo e presencialmente
20ª edição do evento começa quinta (14) e é totalmente gratuita.
Este ano, a MFL recebeu mais de 1.300 filmes e selecionou 180, de todas as durações, formatos e gêneros, como tem feito desde 2002, quando debutou no CCBB RJ. Neste local, aliás, esteve por 18 anos seguidos, até 2019, quando perdeu o patrocínio e, logo na sequência, enfrentou a pandemia. Em 2020, foi feita uma mostra online, com apoio do Polo de Cinema de Cataguases, e em 2022, realizou uma edição especial online tendo a pandemia como tema dos filmes, o que pode ser visto neste link.
Agora, depois da pandemia, a MFL volta a ser presencial e também online, com o fundamental apoio da Riofilme, órgão que integra a Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro, e que também apoiou a edição passada, sobre a pandemia. Além da Riofilme, o evento conta com os apoios do Centro Cultural Banco do Brasil, da Cinemateca do MAM e do Centro Cultural Justiça Federal, que, juntamente com o Estação Net Botafogo, serão a casa da MFL por 10 dias.
Todas as regiões do Brasil estão presentes, e os estados com mais filmes são: RJ, com 63, SP com 40, MG e SC com 14 cada, e CE com 9. Também 5 filmes foram feitos no exterior, por brasileiros.
A programação completa se encontra aqui.
Homenagens
A 20ª MFL é dedicada à memória de Maurice Capovilla, Nilson Primitivo, Clóvis Molinari, Ely Marques e Carlos Alberto Prates, que representam o que o evento quer ser a cada ano: "ousado, original, sem igual!", diz o material de divulgação. Também o cineasta Ricardo Miranda será lembrado na sessão do filme “Natureza Morta”, que foi realizado por sua companheira, Clarissa Ramalho, e fecha a trilogia Inquietante Estranheza. Cada qual a seu modo, todos ajudaram a MFL a ser mais relevante, e serão sempre lembrados com carinho.
Quatro locais e sessões únicas!
Após a abertura na sala 1 do Estação Net Botafogo, a MFL segue por 9 dias, sendo o encerramento na Cinemateca do MAM, dia 24/09, às 17h. Nenhuma sessão será repetida. O cinema 2 do CCBB vai hospedar as 9 sessões da Cabine Livre, onde os filmes passam em looping, e vai hospedar as duas sessões da Mostrinha Livre (filmes dedicados ao universo infantil) e diversas outras sessões, como a Pílulas, com filmes de até 5 minutos, a Sonora e duas sessões Malditas.
No Estação Net Botafogo, sala 3, passarão os Panoramas Livres, as Sonoras, Territórios, Caminhos, com filmes de escola e Biografemas, com filmes sobre artistas.
No Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), serão exibidas as sessões Panoramas Rio, Coisas Nossas e Autorias e na Cinemateca do MAM, a Sonoras, Biografemas e Nilsão, até a sessão especial de encerramento e premiação.
Premiação
Após a mostra presencial, parte da MFL vai acontecer online. A premiação presencial será de R$7.000,00 e a online, R$3.000,00. A curadoria da mostra, formada por Guilherme Whitaker, Scheilla Franca e Gabriel Sanna, vai definir os sete premiados do evento, cada qual recebendo R$1.000,00. A curadoria também vai indicar os filmes da mostra online, com premiação R$1.000,00 para cada um dos três filmes mais votados pelo público.
As sessões
Os 180 filmes do evento passarão nas seguintes sessões: Panoramas Livres, Autorias, Biografemas, Territórios, Mostrinha Livre, Sonoras, Panoramas Rio, Malditas, Mundo Livre, Pílulas, Sonoras, Caminhos, Coisas Nossas e as esperadas Cabines Livres, que exibem os filmes em looping. Além destas, haverá uma sessão especial de abertura e outra especial de encerramento, em memória ao cineasta Ricardo Miranda, e a sessão premiada, com a divulgação dos filmes premiados e exibição dos mesmos.
Para saber mais e melhor o recorte de cada sessão e os porquês de seus nomes, confira o site.
Segundo Guilherme Whitaker, criador da MFL, o cinema possível brasileiro sobreviveu à pandemia e ao pandemônio, com centenas de filmes feitos nestes anos e que raramente foram vistos. “Agora que as mostras, festivais e cineclubes estão voltando a acontecer, é a hora e a vez da difusão mostrar a que veio, literalmente, exibindo o tão gigante e diverso audiovisual que somos! Na MFL o foco é escoar e ecoar tantos filmes incríveis, curtas, médias e longas, feitos por pessoas também ímpares, Brasil adentro, num importante painel do nosso cinema livre, numa festa audiovisual de 10 dias!”, observa.