CINEMA

‘Pérola’, de Murilo Benício, estreia terça no Rio

Filme é adaptação do texto de Mauro Rasi para o teatro; Drica Moraes protagoniza

Por MYRNA SILVEIRA BRANDÃO
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Publicado em 16/09/2023 às 11:24

Alterado em 16/09/2023 às 11:24

A atriz Drica Moraes reencontra Mauro Rasi nos cinemas, agora pelas mãos de Murilo Benício Foto: Leo Aversa/divulgação

Segundo longa-metragem dirigido pelo ator Murilo Benício, ‘Pérola’ se baseia na obra teatral do dramaturgo Mauro Rasi (1949-2003). Filme reconta a história de uma mãe pelo olhar do seu filho.

No texto, Rasi revive momentos com Pérola, logo após a morte dela: suas manias, ilusões, senso de humor e seu desejo de querer controlar todas as coisas.

Benício, que conheceu Rasi em 1995, ficou muito impressionado com a peça e logo imaginou que daria um filme, o que concretiza agora. Seu primeiro longa foi “Beijo no Asfalto”, de 2018.

Carioca nascido em Niterói, Murilo dispensa apresentações: já atuou em novelas, filmes, séries, como “O clone”, “Avenida Brasil”, “Os matadores”, “Amores possíveis”, entre outros.

Drica Moraes, que vive a Pérola, por sua vez, iniciou sua formação no Tablado, escola de teatro tradicional no Rio de Janeiro, com 12 anos de idade e, nos anos 1980, fundou com colegas a Cia dos Atores, grupo do qual fez parte por mais de duas décadas. No teatro, tem uma premiada carreira, atuou em várias séries e, no cinema, participou de diversos longas-metragens, com destaque para “Bruna Surfistinha”, de Marcus Baldini, quando recebeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante, pela Academia Brasileira de Cinema, e “As meninas”, de Emiliano Ribeiro, 1995, quando conquistou o prêmio de Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Cartagena.

Em entrevista ao JORNAL DO BRASIL, Drica fala da personagem, como descobriu a “sua” Pérola, a ligação que teve com as pessoas envolvidas na realização do filme, e revelou que no momento não tem nenhum projeto engatilhado, ou seja, como ela diz, “sem planos futuros”.

 

JORNAL DO BRASIL - Qual o diferencial de Pérola numa carreira com tantos papéis importantes como a sua?

DRICA MORAES - Pérola é uma personagem muito carismática. Alegre, amorosa, contraditória. O filme fala dessa mãe, pelo olhar do filho, logo após a sua morte. É um filme belo! Por isso é um desafio maravilhoso para qualquer atriz.

 

E como você descobriu a sua Pérola?

Minha Pérola é minha mãe, misturada com outras mães que vi ao longo da vida. Muito de mim também. Minha mãe, como eu, sempre foi muito apaixonada pelos 5 filhos. E nos deu muita liberdade pra escolher nosso futuro desde sempre. A Pérola do filme custa um pouco a aceitar as escolhas do filho Mauro. Sua opção sexual, seu talento para a escrita.

 

Fale, por favor, um pouco mais da sua ligação com os principais envolvidos no projeto – o Mauro Rasi, o Murilo (com quem você já tinha trabalhado em “Chocolate com pimenta” ), enfim, de quem mais você achar que deve.

Fiz com Mauro uma peça que ele escreveu para o pai, após a morte dele. Assim como fez com Pérola, que é dedicado à sua mãe. Paulo Autran fazia o pai. Eu fazia o papel de Elisa, a irmã de Mauro Rasi. Mauro era muito crítico e com um humor único, retratou sempre sua família em grande parte de sua obra teatral.
Murilo foi parceiro de novela lá atrás também, foi um prazer ser dirigida por ele, um ator que admiro tanto e de quem fiquei mais fã ainda depois de ter visto “O beijo no asfalto”, filme em que estreia na direção de cinema. Ele é um craque.

 

Já tem algum novo projeto engatilhado?

Sem planos futuros.

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