CINEMA

‘Marighella’ é o grande vencedor do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

Dira Paes e Seu Jorge ganharam o Troféu Grande Otelo de Melhor Atriz ("Veneza") e Melhor Ator ("Marighella").

Por MYRNA SILVEIRA BRANDÃO
[email protected]

Publicado em 11/08/2022 às 13:07

Alterado em 11/08/2022 às 13:07

Seu Jorge no papel de Marighella, dirigido por Wagner Moura Divulgação

Em cerimônia de gala na noite dessa quarta feira (10), a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais comemorou a volta ao formato presencial e divulgou os vencedores do Troféu Grande Otelo.

A Cidade das Artes foi palco do evento que reúne anualmente centenas de realizadores, atores e profissionais do setor na maior premiação do audiovisual do país.

Com apresentação de Camila Pitanga e Silvero Pereira, que também fez os números musicais, direção de Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes, a cerimônia – que exibiu imagens de produções que marcaram a história do audiovisual – foi também transmitida ao vivo para todo o país pelo canal da Academia no Youtube e pelo Canal Brasil.

“Marighella”, de Wagner Moura, ganhou o principal prêmio – Melhor Longa-metragem de Ficção – e foi o destaque da noite ganhando oito troféus Grande Otelo.

“É incrível poder ter lançado este filme e quero agradecer a todos”, declarou o emocionado diretor.

A produção estreou nos cinemas brasileiros após uma série de adiamentos pelo forte teor político da trama que biografa o líder guerrilheiro Carlos Marighella.

Além de melhor filme, “Marighella” conquistou os prêmios de: primeira direção de longa-metragem (Moura); ator (Seu Jorge); roteiro adaptado (Felipe Braga e Moura); fotografia (Adrian Teijido, ABC); som (George Saldanha, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato); direção de arte (Frederido Pinto); e figurino (Verônica Julian).

”Depois a louca sou eu”, de Julia Rezende, ganhou o prêmio de melhor longa-metragem de comédia.

“A última floresta”, de Luiz Bolognesi, conquistou o prêmio de Melhor Longa-metragem Documentário.

“Agradeço a todos da Academia e dedico o filme principalmente ao povo Yanomami, que luta pela defesa da floresta”, declarou Bolognesi.

O prêmio de Melhor Diretor foi para Daniel Filho por “O silêncio da chuva”.

O troféu de Melhor Atriz foi para Dira Paes (“Veneza”): “Aqui a gente está falando de cinema e eu não posso deixar de agradecer a todos que fizeram parte do filme”, disse a atriz, visivelmente emocionada.

O de Melhor Ator foi para seu Jorge (“Marighella”): “Não tem nada melhor do que contar com um protagonista vibrante do lado. Seu Jorge é um dos artistas mais talentosos com quem já trabalhei”, elogiou Wagner Moura.

Zezé Motta ganhou na categoria Melhor Atriz coadjuvante (em “Doutor Gama”, de Jeferson De); e Rodrigo Santoro como Melhor Ator Coadjuvante (“7 prisioneiros”, de Alexandre Moratto).

O Melhor Roteiro Original foi conquistado por Henrique dos Santos e Aly Muritiba, por “Deserto particular”.

A Melhor Trilha Sonora foi para André Abujamra e Márcio Nigro, por “Bob Cuspe – nós não gostamos de gente”.

“Ato”, de Bárbara Paz, conquistou o prêmio de Melhor Curta-Metragem de Ficção.

O vencedor de Melhor Filme pelo júri popular foi “O auto da boa mentira”, de José Eduardo Belmonte.

O Melhor Filme Internacional foi “Nomadland”, de Chloe Zhao (EUA). E o Melhor Filme Íbero-americano foi “Ema”, de Pablo Larraín (Chile).

Neste ano, a Academia fez uma homenagem coletiva às mulheres produtoras de cinema, além de celebrar os 60 anos do filme “O pagador de promessas”, de Anselmo Duarte, que é até hoje o único longa-metragem brasileiro a conquistar a Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 1962, há 60 anos.

 

RELAÇÃO COMPLETA DOS VENCEDORES DO GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO 2022

MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO
•“Marighella”, de Wagner Moura. Produção: Bel Berlinck, Andrea Barata Ribeiro, Fernando Meirelles por O2 Filmes e Wagner Moura por Maria da Fé.

MELHOR FILME - JÚRI POPULAR
•“O auto da boa mentira”, de José Eduardo Belmonte. Produção: Mônica Monteiro, Fátima Pereira e Luciana Pires por Cinegroup.

MELHOR DIREÇÃO
•Daniel Filho, por “O silêncio da chuva”.

MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM
•Wagner Moura, por “Marighella”.

MELHOR ATOR
•Seu Jorge, por “Marighella”.

MELHOR ATOR COADJUVANTE
•Rodrigo Santoro, por ”7 prisioneiros”.

MELHOR ATRIZ
•Dira Paes, por “Veneza”.

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
•Zezé Motta, por “Doutor Gama”.

MELHOR FILME INTERNACIONAL
•“Nomadland” (EUA) / documentário / direção: Chloe Zhao

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
•“Ema” (Chile) / ficção / direção: Pablo Larraín

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
•“A última floresta”, de Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane; Fabiano Gullane por Gullane, Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi por Buriti Filmes.

MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
•“Depois a louca sou eu”, de Julia Rezende. Produção: Mariza Leão por Atitude Produções e Empreendimentos.

MENÇÃO HONROSA – LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO
•“Bob Cuspe – Nós não gostamos de gente”, de Cesar Cabral. Produção: Cesar Cabral e Anália Tahara por Coala Produções Audiovisuais.

MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
•“Turma da Mônica – Lições”, de Daniel Rezende. Produção: Bianca Villar, Fernando Fraiha e Karen Castanho por Biônica Filmes, Marcio Fraccaroli por Paris Entretenimento e Daniel Rezende.

MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
•“Yaõkwa, imagem e memória”, de Rita Carelli e Vincent Carelli.

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
•“Mitos e indígenas em travessia”, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues.

MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
•“Ato”, de Bárbara Paz.

MELHOR MONTAGEM FICÇÃO
•“Karen Harley, por “Piedade”

MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO
•Ricardo Farias, por “A última floresta”.

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
•Henrique dos Santos e Aly Muritiba, por “Deserto particular”.

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
•Felipe Braga e Wagner Moura - por "Marighella”.

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
•Adrian Teijido, por “Marighella”.

MELHOR EFEITO VISUAL
•Pedro Lima Marques, por “Contos do amanhã”.

MELHOR SOM
•George Saldanha, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato, por “Marighella”.

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
•Frederico Pinto, por “Marighella”.

MELHOR MAQUIAGEM
•Martín Macías Trujillo, por “Veneza”.

MELHOR FIGURINO
•Verônica Julian, por “Marighella”.

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DOCUMENTÁRIO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE - TV PAGA/OTT
•“Transamazônica – Uma estrada para o passado” – 1ª temporada (HBO e HBO GO), direção geral: Jorge Bodanzky, produtora brasileira independente, Ocean Films.

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA ANIMAÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE - TV PAGA/OTT
•“Angeli the killer” – 2ª temporada (Canal Brasil). Direção geral: Cesar Cabral, produtora brasileira independente, Coala Produções.

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇAO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE - TV ABERTA
•“Sob pressão” – 4ª temporada (Globo). Direção Geral: Andrucha Waddington, produtora brasileira independente, Conspiração.

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE - TV PAGA/OTT
•“Dom – 1ª temporada (Amazon Prime Video). Direção Geral: Breno Silveira, produtora brasileira iIndependente, Conspiração.

MELHOR TRILHA SONORA
•André Abujamra e Marcio Nigro, por “Bob Cuspe - Nós não gostamos de gente”.

Tags: