CINEMA
Crítica - ‘Armadilha explosiva’: tensão à francesa
Por TOM LEÃO
nacovadoleao.blogspot.com.br
Publicado em 25/06/2022 às 12:20
Hoje em dia, com essa onda de filmes que duram na casa das três horas e demoram a acontecer, é bom ver uma produção que dura apenas hora e meia e, nos cinco primeiros minutos, já diz a que veio. É o caso de ‘Armadilha explosiva’ (‘Déflagrations’), um tenso thriller francês sobre uma mulher que fica presa em seu carro com seus dois filhos, sob a ameaça deste explodir.
Em um estacionamento num prédio parisiense, Sonia (Nora Arnezeder, que fez a sensual Ana Maria na série ‘Mozart in the jungle’) está presa em seu carro, junto com seus filhos Thomas e Zoé. Estes iam sair com o pai, Fred (Pierre Kiwitt), que não soube ligar o carro e chamou a mulher para ajudá-lo. Acontece que o carro não queria ligar à toa. Era uma armadilha para Sonia, que, logo ao chegar e tentar dar a partida, aciona uma contagem regressiva no painel do automóvel.
Nesse meio tempo, Fred, que ficou do lado de fora, examina o carro e constata que há um artefato colocado debaixo do chassi. Sonia revela a eles que é uma mina antitanque. Como Sonia é especialista em desarmar bombas e trabalha na mesma ONG que Fred (por isso foi vítima da armadilha), ela liga para os colegas de trabalho Igor (Radijove Bukvic) e Camille (Sara Mortensen) para ajudá-la. Eles têm um curto espaço de tempo para desativar o artefato. Ou o pior poderá acontecer.
E assim se passa o filme, neste único ambiente, em meio à tensão da contagem regressiva (ninguém pode sair do carro ou ele explode). Para Sônia, acostumada a se colocar em perigo, o risco é maior do que ela imagina. Há muito mais por trás da trama do que a ameaça da bomba. É o que o espectador descobrirá, ainda que roendo as unhas, e torcendo pelo melhor. Boa e tensa diversão, com um toque no final.
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