CINEMA

Crítica - ‘Halloween Kills – O terror continua’

Cotação: duas estrelas

Por TOM LEÃO
nacovadoleao.blogspot.com.br

Publicado em 18/10/2021 às 14:32

Alterado em 18/10/2021 às 14:32

Se não é de todo ruim (vai ter muita gente que jamais viu os originais e pode curtir a matança), este novo capítulo também não traz nada de novo ou revelador para quem esperava algo mais Foto: divulgação

No final dos anos 70, um dos mestres do cinema de terror B, John Carpenter, criou ‘Halloween, a noite do terror’ (1978), que serviu de parâmetro para todos os filmes com assassinos em série mascarados que vieram depois (inclusive, o Jason, da série ‘Sexta-feira 13’). De lá para cá, já foram oito filmes, entre continuações, remakes e reboots. O filme em questão, este ‘Halloween kills’ (no original) faz parte de mais um revival do assassino mascarado Michael Myers, que começou com ‘Halloween’ (2018) e, depois deste, deve findar com ‘Halloween ends’ (2022). Será? Pouco provável. Porque, como diz alguém no filme, ‘o mal nunca morre’.

Então, ‘Halloween – o terror continua’ é um filme de transição. Traz de volta, além do assassino, a mocinha do filme original, Laurie Strode (que sempre foi feita pela mesma Jamie Lee Curtis, em diferentes filmes, ao longo de 40 anos). Mas, apesar dos esforços em caprichar nas mortes (cada vez mais explícitas e gore), só deve interessar aos fãs da série ou do gênero, já que o diretor, David Gordon Green, nada acrescenta ao já visto. Mais do mesmo.

Assim como acontece na sequência do filme original, este também começa horas depois do anterior. E como naquele, Laurie também passa o tempo todo no hospital; neste, se recuperando do ataque da noite (escapou de um incêndio, junto com a filha), enquanto o mascarado continua matando sem parar, madrugada adentro, pelas ruas de Haddonfield.

Se não é de todo ruim (vai ter muita gente que jamais viu os originais e pode curtir a matança), este novo capítulo também não traz nada de novo ou revelador para quem esperava algo mais. Contudo, por conta dos efeitos digitais, numa cena de flashback (que insere um ator novo num cenário antigo, para rememorar fatos), nós vemos, de relance, o notório dr. Loomis (feito pelo já falecido ator inglês, o confiável Donald Pleasence), que é quem cuidava do psicopata Myers, no asilo local, e apareceu em diversos filmes da série.

Agora (fora o ótimo tema minimalista, criado pelo próprio John Carpenter), só restaram Myers e Laurie para contar a história. Que, tomara, acabe mesmo, no ano que vem.

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COTAÇÕES: ***** excelente / **** muito bom / *** bom / ** regular / * ruim / bola preta: péssimo.

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