CINEMA

Crítica - ‘Escape Room 2: Tensão Máxima’ . Muita falação em sequência previsível

Cotação: duas estrelas

Por TOM LEÃO, [email protected]
nacovadoleao.blogspot.com.br

Publicado em 17/09/2021 às 12:46

Alterado em 17/09/2021 às 12:47

Desta vez, os jogadores são sobreviventes de jogos anteriores, e há algumas cenas passadas 'ao ar livre Foto: divulgação

Muitas vezes, para que um grande estúdio não feche o ano fiscal no vermelho - ou consiga financiar suas grandes produções -, é preciso fazer caixa com filmes menores. Foi o caso de ‘Escape Room’ (2019, assim mesmo, sem título em português) que, tendo custado a bagatela de US$ 10 milhões (troco, hoje em dia usam muito mais do que isso apenas para divulgação), faturou mais de US$ 100 milhões mundialmente. É claro que haveria uma continuação.

E o thriller psicológico “Escape Room 2: Tensão Máxima” (‘Escape Room: Tournament of Champions’), que estreia aqui nesta semana, promete trazer o clima de tensão que havia durante o filme anterior inteiro. Só que não. Nesta sequência, seis pessoas que já jogaram o jogo antes (e escaparam, claro), estão presas em uma nova série de ‘escape rooms’ (salas cheias de labirintos e truques que, caso as pistas/charadas não sejam desvendadas a tempo, matam o jogador), buscando o que têm em comum para trabalhar em equipe e resolver os mistérios. Afinal, são campeões.

A diferença para o anterior é que, na abertura deste, conhecemos a pessoa que está por trás das armadilhas mortais (e a sobrevivente do jogo anterior está em seu encalço). E sabemos como tudo começou: foi como uma espécie de vingança em família. Os protagonistas do primeiro filme, Ben (Logan Miller) e Zoey (Taylor Russell), estão de volta nessa nova etapa, buscando por justiça e pelo fim e punição da organização secreta que monta o jogo.

Contudo, durante o desenrolar do filme, o que temos são armadilhas menos engenhosas do que no primeiro (apesar de mais cenas abertas e menos quartos). E o elenco passa grande parte do tempo gritando dicas de pistas entre si. O que torna tudo muito chato e repetitivo. Chega uma hora que cansa, e a gente fica querendo mais é que todos morram o mais rápido possível, pra chegar logo o final. E o final é bem previsível (pista que o espectador pega logo na cena de abertura), e deixa porta aberta para mais uma sequência, é claro.

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COTAÇÕES: ***** excelente / **** muito bom / *** bom / ** regular / * ruim / bola preta: péssimo.

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