Corpo de Dança do Amazonas em cartaz no Rio

Comdireção de Mário Nascimento, grupo, a primeira vez na cidade, de apresenta de quinta (5) a domingo (8) no Teatro Caixa Nelson Rodigues. Com entrada franca

Por CADERNO B

Cena da coreografia Rios Voadores: em 2022, na categoria dança, recebeu indicação ao APCA - Associação Paulista de Críticos de Artes, pela trilha sonora assinada pelo músico mineiro Makely Ka

São 25 anos de história sólida na região Norte do Brasil, onipresente no noticiário por diversos fatos em questão no momento. Mas o Corpo de Dança do Amazonas (CDA), depois de 25 anos, chega à primeira vez para uma curta temporada no Rio de Janeiro para mostrar a potência de sua linguagem artística na dança contemporânea. Serão 4 apresentações de dois espetáculos de 5 a 8 de outubro no Teatro Caixa Nelson Rodrigues, no Centro, de graça! O diretor Mário Nascimento resume o que o público vai assistir. “A linguagem de TA – Sobre ser grande tem muito de Manaus e suas festas, além de falar dos povos originários da Amazônia, particularmente, os tikunas. Na coreografia Rios Voadores , da coreógrafa mineira Rosa Antuña, a composição dos movimentos aborda a mitologia e seres mágicos que habitam os rios e as florestas, há referências que evocam os seres alados das culturas andinas, por exemplo”, conta Mário Nascimento, um dos principais nomes da dança no país, que desde 2020 está à frente da direção do CDA.

O Corpo de Dança do Amazonas chega à capital fluminense graças ao Programa de Ocupação da Caixa Cultural com o Projeto “Circulação Amazônica CDA 25 anos”. A estreia nesta quinta-feira, 5 de outubro, às 19h, é com Rios Voadores, de Rosa Antuña, mesmo espetáculo que poderá ser apreciado dia 6 de outubro, às 19h. TA - Sobre ser grande, de Mário Nascimento, ganha o palco nos dias 7 e 8 de outubro, às 19h e 18h, respectivamente.

O Corpo de Dança do Amazonas comemora 25 anos em 2023, com direção artística de Mário Nascimento. A companhia iniciou no começo do ano uma circulação pelas principais regiões do Brasil, integrando mostras e eventos, como o “Simpósio Internacional de Dança”, em Belo Horizonte, MG, “Abril para Dança” e “Virada Cultural”, ambos em São Paulo. O diretor artístico do CDA destaca a hegemonia e o resultado do trabalho multiprofissional realizado pela companhia. “O Corpo de Dança do Amazonas é hoje uma das três maiores companhias do Brasil. Há quem diga que está localizada ‘fora do eixo’, mas o eixo está cada vez mais focado na Amazônia”, diz Mário Nascimento.

O CDA se destaca pelo seu trabalho e originalidade, levando em consideração em suas criações a singularidade da Amazônia. São mais de 60 obras realizadas com a colaboração de artistas convidados do Brasil e de todo o mundo, que mostram a diversidade cultural da Região Norte do Brasil por meio da pluralidade da dança contemporânea. Em 2022, recebeu indicação ao APCA - Associação Paulista de Críticos de Artes, na categoria dança, pela trilha sonora de “Rios Voadores” assinada pelo músico mineiro Makely Ka. E em 2021, estreou o espetáculo “TA - Sobre ser grande” no Festival de Dança de Joinville, o maior evento do segmento na América Latina.

Ainda pelo Programa de Ocupação Caixa Cultural, em 2024, a companhia percorre as cidades de Fortaleza - CE, Curitiba - PR e Brasília - DF, as informações podem ser acompanhadas através das Redes Sociais do Corpo de Dança do Amazonas - CDA e Caixa Cultural.

Os espetáculos
Rios Voadores é um termo usado para designar uma gigantesca massa de vapor de água vinda do oceano e somada à transpiração da floresta. O equilíbrio das chuvas em outras regiões do Brasil depende do equilíbrio da floresta amazônica e da formação dos rios voadores. Neste espetáculo, a coreógrafa Rosa Antuña busca trazer para a cena a importância da preservação do meio ambiente como ponto crucial para o equilíbrio do planeta. A mitologia amazônica, além de sua fauna e flora, formam inspiração para a construção da movimentação deste trabalho. A trilha sonora original é assinada pelo compositor Makely Ka, que traz para a cena um diálogo com a cultura popular e a música contemporânea.

TA - Sobre ser Grande. “TA” significa Grande para os Tikunas – povo originário do Amazonas, que ocupa uma vasta área. Expressão curta carregada de sentidos, a língua para esses povos é parte deles, os sons do ambiente fazem parte do idioma que se fala, sejam pardos, roncos, chiados e tantos quantos conseguem escutar, define onde vivem como “TA”. Um território que abriga, acolhe, alimenta e precisa também de cuidados. Carrega nos corpos e expressa toda força de um povo que vive nessa amplitude – o Amazonas, a trilha sonora é do DJ Marcos Tubarão executada ao vivo.

O Corpo de Dança do Amazonas

CDA foi criado em 1998 pelo Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura, para compor os Corpos Artísticos do Teatro Amazonas. A companhia é referência em Dança Contemporânea no Amazonas e na Região Norte do país, mantém uma programação artística com repertório diverso. Vem construindo um patrimônio material reconhecido nacionalmente. São mais de 60 obras realizadas com a colaboração de artistas convidados do Brasil e do exterior, que mostram a diversidade cultural local por meio da pluralidade da dança contemporânea. Por meio de suas ações, o CDA visa a difusão da dança, o aprimoramento técnico e artístico, a pesquisa, o desenvolvimento de projetos artístico culturais e a formação de um público crítico, que receba em cada apresentação a qualidade, a energia e a paixão que a companhia tem no seu jeito de fazer dança. O CDA visa, ainda, articular diálogos que ampliem e potencializem sua capacidade de atuação, sempre pensando e repensando sua função e contribuição na formação cultural, levando em consideração a singularidade da Amazônia e a diversidade e abrangência da cultura.

Serviço: Corpo de Dança do Amazonas – Direção: Mário Nascimento / Únicas apresentações dos espetáculos “Rios Voadores” e “TA – Sobre ser grande” / Rios Voadores – quinta (5), sexta (6) – às 19h
TA – Sobre ser grande – sábado – às 19h, domingo – às 18h / Teatro da Caixa Nelson Rodrigues Avenida República do Paraguai, 230 Centro Informações: 3509-9621 / Ingressos: Entrada franca / Capacidade: 209 lugares / Duração: 60 minutos Classificação: Livre / Bilheteria: Retirar com antecedência de 60 minutos / Sujeito à lotação do teatro.