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Artistas contam como permanecem vivos na pandemia
Por CADERNO B
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Publicado em 28/01/2022 às 13:36
Alterado em 28/01/2022 às 13:36

Nesses sábado (29) e domingo (30), o Itaú Cultural encerra "Travessias – Como Permanecemos Vivas?", primeira programação do Palco Virtual de Cênicas de 2022, que recebe artistas de diferentes linguagens em performances sobre como enfrentaram os desafios impostos pela pandemia da Covid 19. Idealizada pelo ator, produtor e diretor Aury Porto e realizada pelo IC, a programação conta neste final de semana com as apresentações on-line do escritor paulista João Silvério Trevisan, do artista baiano da dança Edu O., da cantora e atriz cearense Marta Aurélia e da multiartista indígena maranhense Zahy Guajajara.
O Palco Virtual é gratuito, como toda a programação do Itaú Cultural, e transmitido pela plataforma Zoom. O encontro no sábado acontece às 20h, e no domingo, às 19h, com a apresentação de duas performances por dia, sempre seguidas de uma conversa entre artistas e plateia. A dramaturga e psicanalista Cláudia Barral e o ator Aury Porto fazem a mediação dos bate-papos. Os interessados devem reservar seus ingressos pela Sympla. Mais informações no site.
A proposta de Travessias – Como Permanecemos Vivas? é investigar como as linguagens artísticas funcionaram como instrumento de cura do indivíduo e da sociedade durante a pandemia. A partir da proposta, foram convidados artistas das artes cênicas e visuais, música, teatro e literatura, para mostrar como utilizaram da criação para enfrentar os desafios provocados pelo isolamento social. Eles compartilharão com a plateia um pouco das experiências, vivências e percursos de suas travessias nos últimos anos.
Performances
No sábado, 29, a partir das 20h, as performances são do artista baiano da dança e do teatro Edu O. e do romancista, contista, ensaísta, roteirista, diretor de cinema e dramaturgo João Silvério Trevisan, de São Paulo.
Diretor do Grupo X de Improvisação em Dança e co-fundador do Coletivo Carrinho de Mão, Edu O. apresenta Calundu. Trancado em seu apartamento, ele conversa com o público e, ao longo da participação, revisita trechos de outras performances, faz leituras e, de forma debochada, se deixa contagiar pela música popular brasileira.
Dono de uma vasta e premiada trajetória, com 14 livros publicados, João Silvério Trevisan, por sua vez, fala sobre seu novo livro, Seis Balas num Buraco Só, na performance intitulada João na Tempestade. Morte, arte e vida são temas levantados na apresentação, na qual ele convida o público a uma viagem pela sua memória musical.
A programação fecha no dia 30, domingo, a partir das 19h, com as performances da atriz e cantora cearense Marta Aurélia e da multiartista maranhense Zahy Guajajara.
Em Atsá, Marta Aurélia usa canções para conduzir a plateia por assuntos como autoconhecimento e a busca por sua ancestralidade, assim como memórias, lembranças e ensinamentos de uma quarentena. Já Zahy Guajajara apresenta Hè Peahapaw (Minha Travessia), na qual concebe a vida enquanto experiência naturalmente artística e conta sobre os seus atravessamentos por diversas culturas.