Aos 19 anos, Lia Buarque de Hollanda dedica-se à faculdade de música e mostra no curta-metragem "Comparsas do Riso" um pouco da sua arte. O filme simboliza estreias. É o primeiro filme em que Lia toca e interpreta, de leve. É o primeiro filme que o pai dela, lenda do circo-teatro Cláudio Baltar, ex-Intrépida Trupe, realiza. Lia contracena com o irmão, Vicente Baltar, ambos dirigidos por Cláudio. O elenco une nomes da nova geração do circo _ Adelly Costantine, Alice Amarante, Juliete Schultz e Horácio Storani, que estão pura sintonia. Cláudio, que foi casado com Luísa Buarque de Hollanda, com quem também tem Teresa, de 13 anos, faz um tributo amoroso ao picadeiro. O que só é possível à escritora Sol de Mendonça, determinada a transformar em teatro o livro "Comparsas do Riso", do jornalista e escritor alagoano Bernardo de Mendonça (1950-2017), que convidou Marina Gadelha e Fernanda Avellar, da Trestada Produções, para levantar a lona.

Aí veio a pandemia, que fez o projeto da peça infantojuvenil ganhar o caminho de teatro on-line, via Lei Aldir Blanc. "Mudamos o curso da história. Optamos por fazer um filme, ampliando as fronteiras da linguagem e da obra, que tem a grandeza de nos fazer pensar de onde surgiu o riso", conta Cláudio Baltar. A trilha sonora original reúne Pedro Miranda, Guto Wirtti e Sol de Mendonça. A luz é de Paulo César Medeiros.

Aí veio a vacina e a plateia começando a voltar ao teatro de corpo presente. Depois do livro e do filme, a peça estreia nacionalmente no Sesc Tijuca, que abre as cortinas sábado, 30 de outubro, às 16h, para a montagem cênica. Desta vez, Lia não estará no elenco. Por enquanto. Está em Portugal.

Para conferir o curta-metragem é só acessar hoje, às 20h, a última exibição de "Comparsas do Riso", no canal da Trestada Produções no YouTube.