CADERNOB

'Sarah é isso' desperta para a potência e a delicadeza do amor entre duas mulheres

Romance de Pauline Delabroy-Allard, da Editora Nós, será lançado nesta quinta-feira, às 17h, em evento on-line pela plataforma Zoom

Por LÍDICE LEÃO, [email protected]
[email protected]

Publicado em 16/09/2021 às 11:52

Alterado em 16/09/2021 às 11:52

A autora Pauline Delabroy-Allard Foto: divulgação

O evento de lançamento contará com um bate-papo entre a autora francesa e a poeta brasileira Angélica Freitas. A mediação será da livreira Nanni Rios e integra o Ciclo “Devaneios”, uma série de conferências sobre literatura e atualidade que tem como objetivo abordar todas as narrativas contemporâneas das nossas sociedades.

O Ciclo “Devaneios” é organizado pelo Escritório do Livro da Embaixada da França no Brasil e foi criado para incentivar o diálogo entre escritores e intelectuais brasileiros e francófonos neste momento tão desafiador, atravessado com cuidado e prevenção para o corpo, mas que não precisa deixar de ser um momento instigante e enriquecedor para a mente.

O lançamento do livro Sarah é isso marcará o terceiro encontro do ciclo em 2021 e terá como tema “Narrar o amor no contemporâneo”. O bate-papo entre Pauline Delabroy-Allard e Angélica Freitas, mediado por Nanni Rios, foi organizado em parceria com a Editora Nós.

O evento é gratuito e contará com tradução simultânea do francês para o português.
Antes de ser uma história de amor entre duas mulheres, o romance Sarah é isso (144 páginas), lançamento da Editora Nós é uma história de amor. Cheia de nuances, delicadezas e arrebatamentos, a narrativa de Pauline Delabroy-Allard conduz a leitora ou o leitor para o mundo singular de Sarah.

Macaque in the trees
Capa do livro (Foto: Foto: divulgação)

Sarah é isso – vencedor do Prix du Roman des Étudiants da rádio France Culture e da revista Télérama – é narrado em primeira pessoa por uma personagem que tem uma filha criança e um namorado, quando Sarah entra na sua vida como “um tornado inesperado”, nas suas próprias palavras. “Ela chega atrasada, ofegante, sorridente” (...) “Fala alto, rápido, tira de sua bolsa uma garrafa de vinho, coisas pra comer, uma profusão de trecos” (...) “Faz muito barulho. Não havia nada, apenas silêncio, risos afetados, expressões cerimoniosas e, de repente, só existe ela” (...) “Fala muito, se lança sobre uma taça de vinho que lhe oferecem, morre de rir com uma brincadeira. Ela é animada, exaltada, apaixonada”.

E assim prossegue a história da chegada de Sarah à vida da narradora e todas as reviravoltas que esta nova personagem provoca no seu cotidiano equilibrado e pacato.

“Esta é a história de uma paixão entre duas mulheres. Uma paixão, com tudo o que pode conter de encantamento e dor”, escreve a poeta Angélica de Freitas logo no início da orelha do livro. “Comecei a leitura esperando uma história sobre a descoberta do amor lésbico, todo ímpeto e fogos de artifício. Sobre o olhar amoroso, que muitas vezes é um olhar de cuidado”, continua. “Existe uma palavra em francês que sempre me chamou a atenção: bouleverser. (...) Segundo o dicionário que acabo de abrir, bouleverser é ‘causar grande desordem por meio de uma ação violenta’. Depois de ler Sarah é isso, fiquei assim, buleversada. Talvez vocês também fiquem”, encerra, deixando um suspense no ar.

No breve texto escrito para a orelha de Sarah é isso, Angélica de Freitas consegue descrever a potência contida em cada página, formada por frases como “depois da primeira noite, ficar longe dela é uma aberração”. E como se a força da narrativa já não bastasse, a história de amor tem como cenário as ruas de Paris, com seus cafés, jardins e arquitetura única, o que proporciona a quem lê um passeio pela cidade em que vive a autora Pauline Delabroy-Allard. Como trilha sonora, as apresentações de músicas clássicas durante as turnês das quais Sarah participa. Tudo contado de perto e com todos os detalhes necessários para que a leitora ou o leitor também faça parte da vida de Sarah, mas a veja com a distância de quem assiste a tudo em uma gigante tela de cinema.

Sarah é isso, colega jornalista. Um livro que desperta a vontade de ser lido a partir do momento em que o pegamos nas mãos e abrimos a primeira página, escrita em letras que têm o mesmo vermelho da capa.

Lançamento:
Dia: 16/09
Horário: 17h
Onde: plataforma Zoom
Evento gratuito

Sobre a autora:
Pauline Delabroy-Allard nasceu em 1988. É professora no Liceu Michelet de Vanves. Vive em Paris. Sarah é isso é seu primeiro romance.

Sobre a Editora Nós:
Criada pela jornalista e escritora Simone Paulino, a Nós é uma editora brasileira conhecida por seus projetos literários inovadores. Nas publicações da Nós se destacam a qualidade editorial e gráfica, e principalmente a missão de interferir na formação cultural dos leitores e na sociedade, por meio da articulação transparente, democrática e inclusiva de parceiros que também compartilham deste ideal. Sempre em busca de um intercâmbio cultural e intercontinental, a Nós marca presença constante em países da Europa, como França, Itália e Portugal, onde acaba de abrir seu primeiro escritório fora do Brasil.

Ficha técnica:
Sarah é isso (144 páginas)
Autora: Pauline Delabroy-Allard
Editora Nós
Preço sugerido: R$ 52,00

 

Tags: