Pandeiro no jazz responsável pela admissão do pandeiro (com seu lastro de choro e samba) no jazz, o nova-iorquino scott feiner lança o terceiro disco, accents (zoho records), dia 6, na sala baden powell. iniciado na guitarra jazzística, ele converteu-se ao pandeiro, em olinda, ao ouvir um garoto tocando na rua. no novo cd, com um trio de conterrâneos (joel frahm, sax, freddie bryant, guitarra, e joe martin baixo), sf, desenvolto, compôs 7 na ciranda , inspirada na dança nordestina, e jobimiola , numa alusão a jobim. entram no recheio ainda de herbie hancock ( watermelon man ) a chiclete com banana , de outro pandeirista o paraibano jackson. acadêmicos do rock bruce springsteen derrete-se com o ídolo roy orbison, no dueto oh, pretty woman , e celebra os beatles (mccartney ausente e lennon representado por yoko), em i saw her standing there , ao lado de ringo, george, bob dylan, neil young, jeff beck e elton john. farras como estas, e algumas saias justas – o guitarrista peter green, que tocou com carlos santana ( black magic woman ), não subiu o palco com sua antiga banda, fleetwood mac – sucedem-se na caixa de nove dvds rock and roll hall of fame (coqueiro verde). o raro percy sledge ( when a man loves a woman ), o esquivo prince ( whi le my guitar gently weeps ), eddie vedder com r.e.m.
( man on the moon ), queen mais dave grohl ( tie your mother down ), o trepidante metallica ( master of puppets ) e o primal little richard ( tutty frutty ) desfilam sua imortalidade roqueira. brubeck, pedra 90 um álbum de jazz vende 1 milhão de cópias, puxado pelo single take five . o megahit do dave brubeck quartet, do saxofonista do grupo, o ultracool paul desmond, incluído no disco time out (1960) prenunciava as experiências em compassos alterados (7/4, 9/8, 6/4, 8/8) expandidas em time further out (1961).
Aqui, brubeck influenciou o pianista dick farney, que montou um quarteto nos mesmos moldes (com paulo moura como desmond) e roberto menescal, que compôs bossas fora da batida (já) diferente joãogilbertiana, adriana , a morte de um deus de sal e nem o mar sabia . o cd duplo legacy of a legend come mora 90 anos de brubeck (ainda ativo), com uma inédita ( three to get ready ) e mais take five , blue rondo a la turk , e unsquare dance . dica de disco | oscar castro neves três dimensões da bossa nova encontram-se no cd oscar castro neves – live at the blue note tokyo ( a t ra ç ã o fonográfica). a do líder, que foi um dos formadores do estilo em temas como chora tua tristeza ( p a rc e r i a com luvercy fiorini) e a dos convivas airto moreira, que integrou os seminais sambalanço trio e o quarteto novo e desenvolveu um estilo percussivo calcado na nordestinidade ( m i s t u rada / to m b o ) e leila pinheiro, cantora herdeira da maestria elisreginiana, que ela esbanja em po n t e i o , d o m i ngo azul do mar e fo t o g ra f i a .
Oscar, radicado há decadas nos eua, também navega em outros mares ( my sweet sweetipie , rio dawning ). afinal, além do clássicos, a fila andou. collins revisita a motown bob babbitt (baixo) e os guitarristas eddie willis e ray monette, dos lendários funk brothers que faziam a base das gravações da motown, alicerçam o show de phil “genesis” collins registrado no dvd going back – live at the roseland ballroom, nyc (st2). o inglês baterista, cantor de voz áspera, tributa o repertório que cultuou na infância, a música negra americana da gravadora de detroit: papa was a rolling stone , signed, sealed, delivered (i’m yours) , my girl , nowhere to run , s ometing about you .