-->Alice Melo-->Lotação-->F altou lugar e so-
br ou espectador no Ci-
ne Odeon na noite de
anteontem par a assis-
tir à estr eia carioca de
-->Malu de bicicleta
-->, de
Flávio T ambellini, na
competição da Pr e-
mièr e Br asil. Muita
gente te v e que se sentar no c hão
par a rir com a comédia r omântica
que ganhou os prêmios de melhor
atriz (F ernanda de F r eitas), ator
(Mar celo Serr ado) e dir etor no
F esti v al de P aulínia deste ano .
– O filme f oi r odado par cialmen -
te no Rio e é uma g r ande emoção
e xibi-lo aqui. O elenco é estupendo
– par a beniz ou T ambellini.
Baseado no r omance de Mar celo
Rubens P ai v a, o longa conta a his -
tória de Luiz Mário , um empr esário
paulista m ulher engo (Serr ado) que
se apaixona por Malu (F ernanda),
uma jo v em carioca, dur ante uma
tempor ada de descanso no Rio . Os
dois vi v em uma doce e ar dente his -
tória de amor até o momento em
que Luiz Mario é dominado pelo
ciúme, tal como o Bentinho de
-->Dom
Casmurro
-->, de Mac hado de Assis.
Obcecado pela suspeita de tr aição ,
decide tr air a namor ada antes que
ela o f aça.
O filme de T a mbellini fez pr o-
g r ama duplo com o curta
-->Bartô
-->, de
Gunter Sarfert, também bastante
aplaudido . Bem pr oduzido , com
f oto g r afia in v enti v a, o curta conta
a história de um homem metó-
dico , que é tr ansferido par a um
escritório com funcionários r ela-
xados e pr eguiçosos. Com o tem-
po , o per sonagem se acomoda ao
no v o ambiente.
No pr o g r ama competiti v o ante -
rior , no entanto , a situação f oi a
in v er sa. O Odeon quase v azio na
pr ojeção do documentário
-->Solidão
e fé
-->, de T atiana Lohmann. O v estido
pr eto quase não escondia as tatua -
gens da dir etor a, que usa v a uma-->Fotos de Alvar o River os-->EXTREMOS
-->–
Tambellini,
Ser rado e
Fer nanda no
palco do Odeon
lotado; a dir etora
T atiana Lohmann
enfr entou a sala
meio vazia na
pr ojeção de seu
documentário-->tr ança pr esa no alto da ca beça por
uma tir a de cour o , típico acessório
sertanejo , que r emetia ao tema do
longa, que ofer ece uma visão fe -
minina e r omântica do uni v er so vi -
ril e violento dos r odeios.
– Montar esse filme f oi um pr o-
cesso m uito solitário . Busquei um
diálo go com o público . É por isso
que dedico o filme a v ocês, o pú-
blico – comentou T atiana.
Narr ado em primeir a pessoa,
-->Solidão e fé
-->pode ser di vidido em
duas partes. Na primeir a, a d i-
r etor a a bor da, com r eser v a e dis-
tanciamento , seu objeto de aná-
lise. Deixa-se le v ar por longas en-
tr e vistas com poucos per sona-
gens, que r e f orçam em seu dis-
cur so a competição acirr ada en-
tr e o v aqueir o e o tour o . Na se-
gunda, após pr esenciar uma tr a -
gédia em Barr etos, Lohmann de-
tém-se sobr e a r elação violenta
entr e os v aqueir os, igualmente
impr e visív eis e ag r essi v os. A
questão da morte é uma cons-
tante. Os peões f az em questão de
demonstr ar virilidade e cor agem
– o m undo dos r odeios gir a em
torno de honr a e fé.
“No começo , eu er a uma es-
tr angeir a, olhando tudo de f or a,
mas, no final, eu já f azia parte
daquele uni v er so . A e xperiência
f oi tão f orte que decidi eu mesma
narr ar o filme”, e xplica T atiana
no início da locução em off do
documentário.
Em busca do melhor ângulo , a
dir etor a viaja em garupas de mo -
tocicletas, escala cer cas, anda na
poeir a com bois, pr ende a objeti v a
no capacete dos peões. Pr odução de
baixo orçamento ,
-->Solidão e fé
-->ofe -
r ece in v enti v as f ormas de ilumina -
ção e enquadr amento .
O longa f oi antecedido pelo
curta
-->Geral
-->, de Anna Az e v edo . O
filme f oi r odado no Mar acanã, du-
r ante as últimas cinco partidas do
Campeonato Carioca de 2005, an-
tes de o setor mais popular do
estádio ser e xtinta.-->esgotada
para
ver-->Filme de
T ambellini faz sua
estr eia no Rio