Lula diz que 2025 foi ano difícil: quem torceu ou jogou contra o Brasil perdeu

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Por POLÍTICA JB com Agência Estado

O presidente Lula durante pronunciamento de Natal na televisão

Por Gabriel de Sousa - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em pronunciamento natalino na cadeia de rádio e televisão, nesta quarta-feira, 24, que o ano de 2025 foi marcado pela derrota daqueles que, segundo ele, “torceram ou jogaram contra o Brasil”. Segundo o petista, o povo brasileiro foi o “grande vencedor” no período “difícil” e marcado por “muitos desafios”.

“E quando os fogos brilharem no céu, na noite do dia 31, estará encerrado um ano histórico no Brasil. Um ano difícil, com muitos desafios, mas um ano em que todos que torceram ou jogaram contra o Brasil acabaram perdendo. Um ano em que o povo brasileiro sai como o grande vencedor”, afirmou o presidente.

Lula também destacou iniciativas feitas pelo governo no ano, como a CNH do Brasil e outros programas como o Agora Tem Especialistas, o Pé-de-Meia, o Gás do Povo, o Luz do Povo, o Novo PAC, o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, a Transposição do Rio São Francisco. Segundo o presidente, as ações contribuíram para que o País atingisse “a menor taxa de desemprego da história”.

O presidente também propagandeou como feito do governo a realização da COP30 em Belém que, segundo ele, consolidou o País como uma liderança global e “amado e respeitado pelo mundo”.

“Recebemos no coração da Amazônia, em Belém do Pará, o maior evento climático do mundo. A COP30 foi um sucesso e consolidou o Brasil como liderança global no tema mais importante deste século”, declarou.

Lula também seguiu a tônica de discursos recentes e abordou o tema da violência contra a mulher. Ele voltou a dizer que vai liderar um “esforço nacional” que envolve ministérios, instituições democráticas e a sociedade civil para combater a alta dos crimes.

“Quero aproveitar este momento, também, para falar que um povo tão gentil e capaz de produzir coisas tão belas não pode aceitar a violência contra a mulher”, afirmou o presidente.

Isenção do IR

O presidente afirmou que vai seguir combatendo “privilégios de poucos para garantir direitos de muitos”. O petista também destacou a isenção de quem ganha até R$ 5 mil do Imposto de Renda como uma das principais vitórias do governo federal.

“A partir de janeiro, com o fim do IR, milhões de famílias terão um dinheiro extra todos os meses. Isso vai aliviar as contas, aquecer ainda mais a economia e beneficiar o país inteiro”, disse o presidente.

O presidente também apresentou números positivos da economia, afirmando que o emprego com a carteira assinada bate recordes e que o Brasil alcançou número máximo na renda média de trabalhadores e mínima na inflação acumulada.

Combate a facções

O presidente Lula afirmou que o combate às facções criminosas chegou, pela primeira vez, no que chamou de “andar de cima”. Lula disse também que fatores como o dinheiro e a influência não vão “impedir a Polícia Federal de ir adiante”.

“O combate às facções criminosas chegou pela primeira vez ao andar de cima, e nenhum dinheiro ou influência vai impedir a Polícia Federal de ir adiante”, disse o presidente.

Lula mencionou também a Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto, que, conforme o chefe do Executivo, foi a “maior já feita contra o crime organizado”.

O Planalto passou a propagandear a Operação Carbono Oculto, liderada pela Receita Federal e Ministério Público de São Paulo, desde a realização da Operação Contenção, deflagrada pelas forças de segurança do Rio, que deixaram 121 mortos no fim de outubro.

Na narrativa, o governo afirma que conseguiu atacar mais o crime organizado “sem disparar um tiro”, ao comparar as consequências da operação mais letal da história do País.

Sobre tarifaço

O Brasil enfrentou um “desafio inédito” quando foi taxado em 50% pelos Estados Unidos, afirmou Lula. Segundo o presidente, houve uma vitória “Da soberania, democracia e do povo brasileiro”.

“Mostramos ao Brasil e ao mundo que somos do diálogo, da fraternidade e não fugimos da luta. Apostamos na diplomacia, protegemos nossas empresas, evitamos demissões. Negociamos o fim do tarifaço, e ultrapassamos, agora em dezembro, a marca de 500 novos mercados abertos aos nossos produtos”, disse o presidente.

Apesar do discurso de Lula, produtos brasileiros continuam taxados pelos Estados Unidos e autoridades brasileiras, como o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ainda estão sancionados pela Casa Branca. Lula afirma que está pressionando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a retirar todas as medidas impostas contra o Brasil.