POLÍTICA

Presidente Lula recebe secretário de Estado do Vaticano

O presidente e o cardeal Pietro Parolin conversaram sobre a necessidade de superação das desigualdades, a importância da liberdade religiosa e os esforços do governo brasileiro em prol dos povos indígenas

Por POLÍTICA JB
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Publicado em 08/04/2024 às 18:06

Alterado em 08/04/2024 às 18:06

Presidente Lula, cardeal Pietro Parolin e primeira-dama, Janja da Silva, durante reunião no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, 8 de abril Foto: Ricardo Stuckert/PR

presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira, 8 de abril, no Palácio do Planalto, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin. Acompanharam a reunião a primeira-dama Janja da Silva e o assessor especial da Presidência, embaixador Celso Amorim.

Após relembrar ao presidente Lula da última vez em que o encontrou, por ocasião da coroação do rei Charles, do Reino Unido, o representante do Vaticano transmitiu as saudações do papa Francisco.

O presidente Lula ressaltou seus esforços, inclusive no âmbito da presidência brasileira do G20, para a mobilização internacional em torno da superação da desigualdade em todas as suas formas, sobretudo econômica, agenda sobre a qual conversou pessoalmente com o papa Francisco. “Um mundo que produz a quantidade de alimentos que produz não pode ter gente passando fome”, afirmou o presidente.

Lula relembrou a saída do Brasil do mapa da fome da ONU em 2014, situação que infelizmente retrocedeu nos últimos anos. “É preciso criar uma consciência de que a fome não é aceitável”.

O presidente também elogiou o papel do papa Francisco como um dos grandes líderes do mundo que tem se colocado contra a guerra e a desigualdade.
Ambos concordaram sobre a importância de os governos garantirem a liberdade religiosa.

O cardeal Parolin citou o interesse da Santa Sé sobre a situação dos povos indígenas. Sobre esse tema, o presidente Lula citou a criação do Ministério dos Povos Indígenas e o fato de a FUNAI também ser presidida por uma indígena. E que pretende, em breve, anunciar a homologação de novas terras. Comentou, por fim, os esforços que o governo brasileiro tem feito em prol dos Yanomami e os desafios representados pelo garimpo ilegal e outras formas de crime organizado, “hoje uma indústria internacional”. “No que depender do nosso governo, os povos indígenas terão o melhor tratamento possível”, garantiu. 9com Ascom STF)