Um mundo à parte

Por TARCISIO PADILHA JUNIOR

'Dependendo do imprevisível'
                                                                     Wilson Figueiredo



Nossa sociedade não é mecanismo implacável; apresentam-se oportunidades que podem ser aproveitadas ou não.

Um tecido sem costuras aparentes dos mais diversos elementos econômicos e políticos, que haverão de tornar-se compatíveis.

Valores partilhados não resultam de coincidência que faz com que escolhas de indivíduos e grupos se encontrem.

Intervenções de poderes públicos devem ser limitadas, para não modificar necessário equilíbrio macroeconômico almejado.

Tempos que correm, trata-se de compreender em profundidade a natureza do poder e das comunidades humanas.

Política é busca que transcende gerações; assim, exige que avaliemos o presente conforme o melhor de gerações anteriores.

Assistimos, no entanto, à fragmentação dos assuntos, à desagregação do tempo, e à simplificação das percepções.

Mas as pessoas percebem claramente o atual sistema político como um mundo à parte, fechado nos seus próprios conflitos.

"Conflitos são mais difíceis de resolver quando as divisões se sobrepõem", escreveu professor Adam Przeworski.

Obrigam-nos, efetivamente, à reflexão sobre os fundamentos do sistema, sobre as instituições que cristalizam os conflitos.


Engenheiro, é especialista em gestão de pequenos empreendimentos