ARTIGOS

A razão enlouquece

Por TARCISIO PADILHA JUNIOR

Publicado em 29/05/2024 às 15:21

Alterado em 29/05/2024 às 15:21

'O homem cotidiano
não gosta de demorar'
                                          Albert Camus (1942)

Podemos acreditar na necessidade e na possibilidade da instauração do conhecimento sobre uma nova base?

Significa encontrar os motivos e os identificar fatores que não se circunscrevem às informações disponíveis, atualmente excesso delas aumenta a dificuldade.

Penso que corremos risco de uma abordagem unicamente quantitativa, em face da profusão de informações.

Qualitativamente, por hipótese, todo objeto de uma investigação é passível de ser criticado e transformado, resgatando o próprio senso de responsabilidade.

"A razão enlouquece quando se torna puro instrumento e fim do poder, dos poderes", adverte Edgar Morin.

Muitos acreditam que deixaram para trás o conhecimento histórico, ávidos pela emergência de novidades, impulsionados pelos impactos das tecnologias.

Hoje as nossas máquinas e os nossos sistemas separam-nos do simples e do conhecimento de nós mesmos.

Nada nos garante que finalidades de máquinas e sistemas atuem no sentido das finalidades de ordem ética estabelecidas pela nossa sociedade democrática.

Aproximar finalidades é uma responsabilidade que assumimos quando nos tornamos parte de uma cultura.

Como cultura tecnológica que somos, estamos em estágio de transição que incorpora novos valores de uso: inteligência artificial, para que serve mesmo?

Engenheiro, é especialista em gestão de pequenos empreendimentos