Mauro Cid confirma que Jair Bolsonaro leu minuta de golpe e fez alterações

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Por JB JURÍDICO

Bolsonaro cumprimenta Mauro Cid na sala do interrogatório, no STF

Durante

Moraes listou o nome dos seis réus da ação penal e perguntou a qual grupo eles pertenciam. Segundo Cid, apenas almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, era membro do grupo dos radicais que defendiam o golpe de Estado.

Já sobre os ex-ministros Paulo Sergio e Braga Netto, ambos da Defesa, eram, segundo o depoente, integrantes do grupo dos moderados. Enquanto os ex-ministros Augusto Heleno e Anderson Torres, e o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, não se enquadravam em nenhum grupo.

Mauro Cid é o primeiro a ser ouvido porque fechou uma delação premiada com a Polícia Federal. Os outros sete réus serão interrogados em ordem alfabética: Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-chefe da Abin), Almir Garnier (ex-chefe da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Jair Bolsonaro (ex-presidente), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

Oitivas
O início das oitivas indica que o processo contra o principal grupo denunciado pela PGR caminha para o fim, podendo resultar na prisão dos réus.

A oitiva de Bolsonaro também marca a primeira vez que o ex-presidente ficará frente a frente com seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, desde que este fechou acordo de delação premiada com a Justiça. Cid foi peça central das revelações presentes na denúncia da PGR. Foi ele que confirmou aos investigadores que Bolsonaro convocou militares de alto escalão para discutir formas de reverter os resultados das eleições. (com Sputnik Brasil)