JUSTIÇA

Marielle: Lewandowski anuncia homologação da delação de Ronnie Lessa e garante resultados 'em breve'

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Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 19/03/2024 às 18:55

Alterado em 19/03/2024 às 19:20

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (19), o Ministro da Justiça e Segurança Pública Ricardo Lewandowski anunciou que o depoimento do ex-policial Ronnie Lessa, suspeito de participar do assassinato da vereadora Marielle Franco, foi homologado.

Segundo o ministro, a relatoria do caso está nas mãos do também ministro Alexandre de Moraes, que seguirá trabalhando em conjunto com a Polícia Federal.

Durante o pronunciamento, Lewandowski fez questão de pontuar que as investigações ocorrem em segredo de justiça e que, muito em breve, a população terá novidades acerca dele.

"Nós sabemos que esta colaboração premiada traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco", cravou o ministro.

O trabalho da Polícia Federal contou com a participação do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual, que, segundo o chefe da pasta de segurança, trabalharam dentro de suas atribuições.

"Muito em breve teremos o resultado do que foi apurado pela ação da PF que em um ano chegou a resultados concretos nesta situação [do caso Marielle]", destacou.

Investigações no STF
O envio do caso ao STF ocorreu após a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa à Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), no final de janeiro. Ele está preso desde 2019, juntamente com o ex-policial militar Élcio de Queiroz. Lessa é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o caso estava tramitando antes, encaminhou o procedimento após as novas revelações por entender que o STF seria o foro adequado.

O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completou seis anos no dia 14 de março. Por volta das 21h, o veículo que transportava Marielle, Anderson Gomes e a assessora Fernanda Chaves foi emparelhado na região central da capital fluminense, no bairro Estácio, por um Chevrolet Cobalt prata clonado.

A janela traseira do veículo em movimento foi aberta, e 13 tiros de uma submetralhadora MP5 foram disparados contra a parlamentar carioca, dos quais cinco a atingiram. Três deles acertaram o condutor.

Marielle trabalhou como assessora do atual presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e então deputado estadual, Marcelo Freixo, por dez anos, até ser eleita vereadora, em 2016, pelo Psol. (com Sputnik Brasil)