JUSTIÇA

Bolsonaro permanece em silêncio em depoimento diante da PF sobre tentativa de golpe de Estado

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 22/02/2024 às 14:32

Alterado em 22/02/2024 às 17:54

Bolsonaro e a cúpula Foto: Marcos Correa/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e seus aliados prestaram, nesta quinta-feira (22), depoimento à Polícia Federal (PF).

Durante a arguição, Bolsonaro permaneceu em silêncio. A duração foi de 15 minutos.

A inquirição é fruto de uma investigação que os aponta como suspeitos de tramar um golpe de Estado nos últimos meses do governo anterior, em 2022, tentando impedir, inclusive, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tomar posse em 2023.

Por estratégia da PF, todos os investigados devem depor ao mesmo tempo. Com isso, a polícia pretende evitar a combinação de versões. Ao todo, 22 pessoas serão ouvidas simultaneamente.

Os depoimentos fazem parte da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF há duas semanas.

No último dia 15, a PF informou que o ex-presidente Jair Bolsonaro enviou dinheiro aos Estados Unidos para bancar despesas enquanto aguardava o golpe de Estado com base na apuração da venda ilegal de joias e presentes para a Presidência da República pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, a mando de Bolsonaro.

De acordo com as apurações, a quebra de sigilo bancário do ex-mandatário mostrou uma operação de câmbio no valor de R$ 800 mil.

No último dia 8, a PF já havia prendido e executado mandados de busca contra aliados militares e civis do ex-presidente. No mesmo dia, Bolsonaro foi ordenado a entregar seu passaporte para não fugir do país.

A operação Tempus Veritatis apura uma suposta organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagem de natureza política com a manutenção de Jair Bolsonaro no poder. (com Sputnik Brasil)