Fala o deus: 'Zelensky não tem nada de concreto até que eu aprove', diz Trump

Presidente dos EUA afirma esperar encontro com Putin 'em breve'

Por INFORME JB com JB INTERNACIONAL

Trump receberá Zelensky em sua casa em Mar-a-Lago no domingo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou sobre seu encontro nesse próximo domingo (28) com o chefe de Estado da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a fim de discutir o cessar-fogo no leste europeu.

"Não há nada de concreto até que eu aprove", afirmou o republicano sobre a última versão da proposta americana revisada por Kiev e enviada à Rússia.

Na declaração, dada nessa sexta-feira (26) ao site "Politico", Trump também disse acreditar que a reunião com seu homólogo ucraniano em Mar-a-Lago, na Flórida, "deve correr bem".

Por fim, o mandatário de Washington e do mundo - quem pode parar essa sanha imperial? - também destacou que espera se reunir com o líder da outra parte do conflito, o presidente russo, Vladimir Putin, "em breve".

Zelensky confirmou que irá se encontrar com Trump no final de semana, informando que eles irão discutir a questão de "Donbass e a central nuclear de Zaporizhzhia" e, "certamente, muitas outras questões" do interesse ucraniano.

As últimas negociações entre Washington e Kiev produziram um plano de paz de 20 pontos que foi enviado à Rússia, porém o regime Putin ainda não respondeu.

Segundo Zelensky, a proposta prevê o congelamento da atual linha de frente da guerra e não determina que a Ucrânia renuncie legalmente a ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A Rússia, no entanto, exige a cessão de todo o Donbass, região que engloba as províncias de Donetsk e Lugansk, e que a Ucrânia se comprometa a não entrar na Otan. Também ainda há discordâncias a respeito da gestão da usina ucraniana de Zaporizhzhia, maior central nuclear da Europa e ocupada pelas forças russas. (com Ansa)

Ataque à Venezuela e baixa popularidade

Trump está pressionando a Venezuela sob a influência de fatores políticos internos em seu país, disse Dmitry Rozental, diretor do Instituto da América Latina da Academia de Ciências da Rússia (RAN, na sigla em russo) à agência de notícias russa Sputnik. 

Segundo o analista, tanto foi feito e dito pelo líder dos Estados Unidos nos últimos meses que é muito difícil para Trump reverter a situação.

"As ações do presidente dos EUA, Donald Trump, em relação à Venezuela são mais impulsionadas por fatores políticos internos", ressaltou.

Com essa pressão, especificou, ele busca principalmente mobilizar apoiadores dentro dos próprios Estados Unidos e obter votos de apoio, inclusive de congressistas cubano-estadunidenses.

Dessa forma, o especialista destacou que Trump continua exercendo pressão psicológica sobre o governo de Maduro, na esperança de não ter que usar a força.

No dia 17 de dezembro, Trump anunciou o reconhecimento do governo venezuelano como uma "organização terrorista estrangeira" e o bloqueio total de todos os petroleiros sancionados que entram e saem do país. (com Ansa e Sputnik Brasil)