INFORME JB

Por Jornal do Brasil

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O incrível caso do PM branco que baleou um entregador negro por motivo fútil e foi liberado pela Polícia Civil do RJ para dormir em casa (e sequer teve a arma apreendida)

Enquanto o excelentíssimo governador bolsonarista coleciona relógios Rolex...

Por INFORME JB
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Publicado em 06/03/2024 às 09:27

Alterado em 06/03/2024 às 10:00

Nilton Ramon de Oliveira, de camisa preta, entrega lanches por aplicativos, Roy Martins Cavalcanti é cabo da PM e não quis ir à portaria do condomínio buscar seu sanduíche, dando um tiro no entregador, que não tem obrigação, por regras do aplicativo, de ir à porta do cliente Fotos: reproduções da internet/vídeos

Mas prevalecem as perguntas que não querem calar:

1. Por que o delegado/agente da Polícia Civil, da 30ª DP (Marechal Hermes), que ouviu o depoimento do covarde agressor, e sequer apreendeu a arma do meliante, não deu a ele voz de prisão e o trancafiou em uma jaula?
Esse tipo de gente não pode conviver em sociedade! No máximo, tudo bem, pode sair do presídio para votar no ex-presidente ou em seus correligionários, a cada eleição. E só.

2. Caso a história se desse às avessas, o entregador negro baleando o PM branco, alguém tem dúvida sobre se o garoto já não estaria em Bangu II com a cabeça raspada, vestindo uniforme azul ou cor de abóbora?

3. E o digníssimo presidente do TJ RJ? Já se pronunciou sobre o caso, do alto de seu marmorizado e perfumado gabinete na Rua Presidente Antônio Carlos?

4. E o vaidoso presidente da Alerj, de quem não se conhece o nome?

5. E o governador tatibitati, colecionador de relógios Rolex? Já disse alguma palavra a respeito?

O que se sabe, por ora, é que o rapaz agredido - arrimo de família - está entre a vida e a morte em um hospital público. E o atirador de elite em casa, no conforto do ar condicionado.

6. E vai ficar por isso mesmo?

Cartas para a redação.