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Por Jornal do Brasil

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Moraes pisa no freio de arrumação da Abin; sob Bolsonaro, agência grampeou telefones sem ordem judicial

A Polícia Federal está nas ruas em operação que cheira muito mal

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Publicado em 20/10/2023 às 09:54

Alterado em 20/10/2023 às 09:57

Bolsonaro cumprimenta Ramagem durante posse como chefe da Abin Reuters/Adriano Machado

Quem não se lembra das cenas lamentáveis da tal reunião de ministros de Bolsonaro, quando o então poderoso chefão gritou para quem quisesse ouvir, salivando bilis, que ele não esperaria "foder" com sua família, e que iria tomar uma providência, afastando até o ministro da Justiça (Moro, todo borrado), caso não tivesse as "informações" que ele queria ter, sabe-se lá quais e por quê?

Pois bem. 

Sabe-se agora que tais "informações" requeridas pelo presidente das rachadinhas e dos imóveis comprados com dinheiro vivo eram sobre seus inimigos políticos.

E como Bolsonaro e asseclas chegaram às tais "informações"?

Grampeando, via Abin, sem ordens judiciais, políticos da oposição e jornalistas críticos ao seu "regime" de governo. 

(convém excluir o leite condensado desse "regime")

A Abin era chefiada pelo hoje deputado federal Ramagem.

Que turma é essa? Ninguém se salva do atoleiro.

Conta a Agência Brasil:

"A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (20), a Operação Última Milha, com o objetivo de investigar o uso indevido, por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), de um sistema de geolocalização de dispositivos móveis, sem a devida autorização judicial.

De acordo com a PF, 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos. Também estão sendo realizadas “medidas cautelares diversas da prisão,” nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “O sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, informou em nota a PF."

Por "STF" no parágrafo acima, leia-se Alexandre de Moraes, que afastou de pronto o número 3 da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto.

A pergunta que não quer calar é a seguinte: por que Moraes não mandou a PF em cima do Ramagem ou mesmo na casa do Bolsonaro?

Prender só a patuleia denota covardia.

A ver.

 

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