SAÚDE

Novo estudo sobre a CoronaVac revisa eficácia da vacina

Estudo final comprova eficácia de 62,3% da CoronaVac em intervalo de 21 dias entre as doses. Os resultados também apontaram que para os casos que requerem assistência médica, a eficácia da vacina variou entre 83,7% e 100%

Por Jornal do Brasil
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Publicado em 12/04/2021 às 08:00

Movimentação de voluntários e médicos em unidade de testes da CoronaVac, no Instituto Emílio Ribas (Butantan) região central de São Paulo Folhapress / Bruno Rocha /Fotoarena

Estudo clínico final sobre a CoronaVac, divulgado nesse domingo (11), mostra que a eficácia da vacina é maior do que se pensava, principalmente levando-se em conta os resultados iniciais, conhecidos entre dezembro e janeiro.

O artigo mostra ainda que a CoronaVac se revelou eficaz na proteção contra as variantes brasileiras P.1 e P.2 do vírus Sars-Cov-2, por se tratar de uma vacina feita a partir do vírus inativado.

O estudo foi feito pelo Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e alguns comentários foram publicados nas redes sociais do instituto.

O artigo científico foi encaminhado para revisão e publicação na revista científica Lancet.

A publicação sustenta que o imunizante atingiu uma eficácia para casos sintomáticos da covid-19 de 50,7%, ante os 50,38% informados inicialmente. A eficácia da CoronaVac pode chegar a 62,3% com um intervalo de mais de 21 dias entre as duas doses da vacina.

Os resultados também apontaram que, para os casos que requerem assistência médica, a eficácia da vacina variou entre 83,7% e 100%. O estudo preliminar que subsidiou a autorização do uso emergencial do imunizante no Brasil indicava entre 78% e 100%.

Participaram do estudo, entre 21 de julho e 16 de dezembro de 2020, 12.396 participantes, todos voluntários, em 16 centros de pesquisa brasileiros. Todos receberam ao menos uma dose da vacina ou placebo. Desse total, houve 9.823 participantes receberam as duas doses. Ninguém morreu por covid-19 durante o estudo. (com agência Sputnik Brasil)