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Atirador de realengo deixou vídeos gravados dois dias antes do massacre

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Em dois vídeos gravados antes de matar 12 adolescentes em uma escola no Rio de Janeiro, Wellington Menezes de Oliveira disse que lutava contra "covardes", além do bullying.

Segundo reportagem do Jornal Nacional, que teve acesso a dois arquivos de vídeo (supostamente gravados pelo próprio jovem) nos quais ele aparece sem barba, na frente do que parece ser um muro, dois dias antes do atentado, afirmou: "A luta pela qual muitos irmãos no passado morreram, e eu morrerei, não é exclusivamente pelo que é conhecido como bullying. A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem".

Planejamento

O jovem deu ainda detalhes do planejamento da ação e disse por que tirou a barba de forma premeditada.

"Os irmãos observaram que eu raspei a barba. Foi necessário, porque eu já estava planejando ir ao local para estudar, ver uma forma de infiltração. Eu já tinha ido antes, há muitos meses. Eu fui. Eu ainda não usava barba. Eu fui para dar uma analisada".

Ele também disse ter ido à escola dias antes do massacre.

"Eu fui ontem, segunda. Hoje é terça-feira, dia 5. E essa foi uma tática para não despertar atenção. Apesar de eu ser sozinho, não ter uma família praticamente... eu vivo sozinho".

Visita

Nesta terça-feira, a secretária municipal de Educação do Rio, Cláudia Costin, esteve na escola de Realengo. Segundo ela, as crianças envolvidas na tragédia devem levar semanas para se readaptarem à rotina educacional.

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