ASSINE
search button

Autor de disparos em escola no Rio contou em carta ter vírus HIV

Compartilhar

RIO - O subprefeito da Zona Oeste do Rio de Janeiro, Edmar Teixeira, confirmou que Wellington Menezes de Oliveira, o homem armado que invadiu nesta quinta-feira a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, matando 11 crianças e ferindo 18, deixou uma carta com as alegações para cometer o crime.

Segundo ele, na carta, com teor religioso, Wellington, ex-aluno da escola, dizia ser portador do vírus HIV. Depois de deixar a carta, na própria escola, o criminoso se matou, com uma das armas que utilizou para disparar contra as crianças.

Mais cedo, o comandante do 14º Batalhão (Bangi), tenente-coronel Djalma Beltrame, informou que a carta continha frases desconexas, mas com características fundamentalistas. - Ele fazia uso de sites muçulmanos e entrava na internet para ter acesso a coisas que não fazem parte do nosso povo. É um louco. Só uma pessoa alucinada poderia fazer isso com crianças - afirmou o comandante, que informou que a carta foi entregue ao delegado de Homicídios.

Beltrame disse que o atirador tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia.

Conhecido na escola por ser ex-aluno, Wellington alegou que iria fazer uma palestra. Segundo a polícia ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes.

Uma funcionária da Escola Municipal Tasso da Silveira afirmou que viu várias crianças feridas no local. “O cara entrou, foi para o terceiro andar e começou a atirar. As crianças disseram que foi pai de aluno. Vimos muitas crianças carregadas, desacordadas, baleadas”, disse ela, que preferiu não se identificar.