ASSINE
search button

Empresa nega que radiação em Fukushima seja 10 milhões de vezes acima do normal

Compartilhar

TÓQUIO - A empresa que controla a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Leste do Japão, negou hoje que os níveis de radiação na água localizada próximo do reator 2 da usina estejam 10 milhões de vezes acima do normal, como foi informado anteriormente.

A Tokyo Electric Power Company (Tepco) informou que a água localizada abaixo do reator 2 certamente está contaminada, mas não no nível divulgado pela Agência de Segurança Nuclear japonesa. A Tepco disse ainda que outra leitura da água está sendo feita.

Devido ao suposto aumento no nível de radiação em Fukushima, os funcionários que tentavam bombear a água para fora do reator 2 foram retirados do local, para evitar a contaminação.

A Tepco afirma que continua trabalhando para restabelecer a energia elétrica e religar o sistema de resfriamento nos reatores. No entanto, a companhia alega que os altos níveis de radiação no local estão tornando mais lento o progresso dos trabalhos. Os trabalhadores da empresa continuam bombeando água fresca para dentro dos reatores 1, 3 e 4, na tentativa de conter o derretimento dos cilindros de material radioativo.

Mais cedo, a Agência de Segurança Nuclear do Japão tinha anunciado que os testes realizados pela Tepco detectaram um nível de radioatividade dez milhões de vezes superior ao normal na água encontrada junto ao reator número 2. Segundo a agência, havia possibilidade de que o material estivesse vazando diretamente do reator para o oceano.

Os funcionários que trabalhavam no bombeamento de água para fora do local foram retirados para evitar qualquer tipo de risco. Na última quinta-feira, três operários que trabalhavam na área do reator 3 tiveram contato com água radioativa, e dois precisaram ser hospitalizados. Foi confirmada uma grande contaminação na pele e nas pernas e, apesar de não necessitarem de tratamento, eles permanecem sob observação.

A agência informou ainda que o índice de iodo radioativo encontrado  no mar próximo à usina é 1.850 vezes superior ao padrão. No sábado, as taxas encontradas já eram 1.250 vezes maiores do que a permitida. Na ocasião, um porta-voz da agência afirmou que se uma pessoa bebesse 50 centilitros do líquido atingiria de de uma só vez o limite anual que pode absorver.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também anunciou neste domingo que no reator 1 da usina de Fukushima foi detectada a presença de grandes concentrações de iodo 131, césio 137 e césio 134.