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Crítica: Quarteto Borodin

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Na última semana o Rio de Janeiro tem sido palco de concertos de excelência, como o de ontem, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, quando subiu ao palco o Quarteto Borodin. O conjunto russo deu uma verdadeira noção do que é um trabalho harmonioso, sem nenhum tipo de vaidades pessoais, isto é, todos tocam a serviço da música. São profundos, afinadíssimos, uma cumplicidade, além da ideal, admirada, tendo um primeiro violinista fantástico assim como o violista também.

Começaram o concerto com o Quarteto para Cordas nº2 em Ré Maior de Alexander Borodin, traduzido de uma forma muito verdadeira. Seguiu-se o belo Quarteto para Cordas nº8 em Dó Menor op.110, de Dmitri Shostakovich, um verdadeiro sonho de lucidez e de execução. Vale a pena informar que o conjunto trabalhou pessoalmente com o autor, todos seus quartetos de cordas, naturalmente traduzindo da fonte a verdadeira interpretação  e a essência que Shostakovich desejava.

Após esta forte execução, o próximo compositor do programa é Piotr Iliych Tchaikovsky, e seu Quarteto para Cordas nº2 em Fá Maior op.22,  com mais uma mostra de como se tocar bem, com total domínio dos instrumentos, todos com técnicas maravilhosas, verdadeiros virtuoses em seus instrumentos que, para o delírio da platéia, tocaram como bis, o Andante Cantabile de Tchaikovsky, encerramento uma bela noite sem qualquer dúvida, restando somente a sugestão da coluna para o Quarteto Borodin dar uma masters class para os cariocas, na sua próxima visita ao Rio. O BRAVO da coluna !