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Crítica - Duo Milewski

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O Iate Clube do Rio de Janeiro foi o palco do recital do Duo Milewski, formado pelo violinista polonês Jerzy Milewski e pela pianista brasileira Aleida Schweitzer. A série Música no Museu acertou com sua realização dos recitais no auditório no Iate Clube, que recebeu elegantemente o público através de seu comodoro Luiz Carlos Simão e Sonia, e de Claudio Aboim e Cristina.

No palco, um duo que é formado há muitas décadas e tem uma cumplicidade imensa. Além de casados, os artistas se conheceram na Polônia e desde então tocam juntos pelo mundo. Eles apresentaram um programa virtuosístico, começando com uma Sonata de Bach, compositores poloneses, passando pelo Poema para violino e piano de Marlos Nobre, os famosos Tico-tico no fubá de Zequinha de Abreu e Brasileirinho de Waldir de Azevedo. Levaram o público ao delírio com as famosas Czardas, que em húngaro é grafado como csárdás. É pura música cigana, que tem uma variação de tempo, isto é, começa com um tempo lento e vai ao prestíssimo,voltando ao lento e, quando volta ao tempo rápido, leva ao delírio qualquer plateia sensível.

Para isto, o violinista tem que ser um virtuosi e Jerzy Milewski sempre foi, desde os tempos de sua chegada ao Brasil. Sua técnica é impecável, seu som, belíssimo, e seu bom gosto musical reflete a sua formação na Polônia. 

A pianista Aleida Schweitzer dá o apoio necessário para o violinista brilhar, mostrando que sempre foi uma ótima camerista. O público que lotou o Iate Clube teve oportunidade de ouvir e apreciar um dos mais tradicionais Duo do Brasil, sempre atuante e atuando em vários palcos no mundo. O BRAVO da coluna pelo impecável recital.