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Crítica - Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal

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Com a casa lotada, no último dia 12, a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal comemorou seus 80 anos de existência e sucesso. O maestro Sílvio Viegas, titular do conjunto,foi ao palco falar sobre a orquestra fazendo três homenagens. 

A primeira ao contrabaixista Sandrino Santoro, que entrou no palco, sendo muito aplaudido dirigindo-se ao seu instrumento para fazer parte da orquestra na primeira obra do concerto. Estava muito emocionado, chorando inclusive. Depois a linda e emocionante homenagem à pianista Maria Josephina Mignone, viúva do compositor Francisco Mignone, sendo ovacionada, lembrando sempre o grande compositor, de quem é a sua mais fiel intérprete. E a terceira e última ao maestro Henrique Morelenbaum, que já foi diretor do Teatro por duas vezes.

A primeira obra do programa foi o Episódio Sinfônico de Francisco Braga, fundador do conjunto em 1931, seu primeiro maestro titular, executada com climas sonoros muito bem realizados. O Capricho Italiano de Tchaikovsky foi traduzido com uma excelente leitura .

Caramuru de Francisco Mignone, começou como uma fogueira de emoções, obra que foi escrita quando o compositor tinha 19 anos sendo seu primeiro trabalho sinfônico.

A orquestra estava muito bem na regência do veterano e experiente maestro Henrique Morelenbaum, que tanto de sua vida passou no palco do Teatro Municipal.

A segunda parte do programa foi de Heitor Villa-Lobos com seu Descobrimento do Brasil, 4ª Suite, obra originalmente escrita para o filme com o mesmo nome com o histórico diretor e roteirista brasileiro Humberto Mauro. Da trilha sonora, Villa-Lobos extraiu quatro suítes, sendo a mais conhecida a que ouvimos no concerto.

A orquestra é muito experiente e a nosso ver deveria estar mais no palco. A nossa sugestão à Carla Camurati, diretora do Teatro e ao maestro Silvio Viegas seria no sentido de programar mais o conjunto, com mais atuações que este ano, realizando um trabalho literalmente em cima do palco assim como programar mais obras de compositores brasileiros. Sabemos que a orquestra trabalha muito acompanhando ballets e óperas, mas precisa estar no palco aparecendo com seus integrantes para que o público veja o conjunto atuar.

Destacamos também a presença do Coro do Theatro, outra joia, onde se concentram as melhores vozes da cidade com sua atuação sempre experiente e brilhante.

O BRAVO da coluna ao concerto e aos 80 anos da orquestra.