Atualmente, a indústria hoteleira investe uma grande quantidade de recursos para melhorar as experiências de descanso dos turistas ou dos executivos que viajam para convenções, simpósios e seminários.
No entanto, os sistemas de administração de hotelaria e de agências de viagens tem ficado para trás no que diz respeito à aplicação de novas tecnologias, utilizando somente os sistemas ERP ou de administração, sem tomar a decisão de se apoiar em tecnologias inovadoras, como a realidade aumentada ou as opções trazidas pelo Big Data.
Um dos termos mais difíceis de entender hoje em dia é o Big Data. Em palavras simples, refere-se à grande quantidade de dados não estruturados que se coletam, armazenam, processam e distribuem por vários meios. As dificuldades mais comuns vinculadas à gestão dessas quantidades de dados se concentram na captura, no armazenamento, na busca, distribuição, análise e visualização. A tendência de manipular grandes quantidades de dados se deve à necessidade de incluir a análise em um grande conjunto de variáveis relacionadas ao negócio. Isso, em uma indústria como a do turismo, representa uma oportunidade para inovar e melhorar a experiência dos usuários.
Um conjunto de sistemas organizados permitirá, no futuro, que os turistas tenham mais facilidade para lidar com as variáveis e correlacioná-las com as ações de outros consumidores para tomar decisões adequadas com relação às reservas que realizam, desde o horário de chegada, os quartos, e os complementos de descanso que escolhem. Tudo isso vinculado a um fluxo de dados que permitirá tomar decisões em tempo real e em múltiplas localizações.
Frente a este desafio, as agências de viagens passarão de filtros a companheiros que renovaram suas práticas para oferecer a seus clientes recomendações e suporte em tempo real, de acordo com os dados de geolocalização, clima e interesse de cada viajante.
O big data oferece oportunidades para uma melhor capacidade de tomar decisões, maior inovação com relação a produtos e serviços, e relações mais estreitas com os clientes, graças a aplicação de novas abordagens na gestão de clientes, receitas e operações internas.
O aproveitamento do descanso não significa se desconectar do mundo. Existe uma grande quantidade de dados viajando ao nosso redor. Está em nossas mãos enfrentar o desafio e ter um descanso mais prazeroso.
* Leandro Bonfranceschi, chefe de Inteligência de Negócios e Novos Negócios