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Credit Suisse apontava 'caminho do crescimento' da Petrobras (parte 2)

'Guia do investidor para uma extraordinária empresa de petróleo', de 2014, elogiava a empresa

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Nesta série de matérias, relembramos um relatório emitido pelo Banco Credit Suisse em março de 2014 chamado “The Petrobras Handbook - Um guia do investidor para uma extraordinária empresa de petróleo”. Elaborado pelos analistas financeiros Vinicius Canheu e Andre Sobreira, o relatório descreve detalhadamente as atividades da companhia. As dificuldades presentes no cenário nacional e internacional são abordadas. Mas o estudo destaca a capacidade da empresa de superar os desafios.

“O modelo de negócios da Petrobras é único entre as empresas de petróleo  A Petrobras é quase totalmente integrada entre as fases Upstream (de exploração, perfuração e produção) e Downstream (de refino e comercialização de petróleo). Os ativos de E&P (exploração e produção) estão presentes já em alto mar da costa brasileira, que também faz parte do mercado Downstream da empresa. Tantos os ativos de E&P e o mercado Downstream possuem grande potencial de crescimento”. O estudo indica que “desde 2010, a Petrobras não conseguiu atingir um crescimento de sua produção de petróleo acima dos atuais 2 bilhões de barris por dia”.   Mas as causas por essa falta de crescimento são agora bem conhecidas, segundo o relatório: “atrasos no aumento da capacidade, foco dos recursos (humano e financeiro) na exploração e no descobrimento da ‘província do pré-sal’, e uma consequente falta de foco na Bacia de Campos”.

Todas as três principais razões estão sendo resolvidas agora, aponta o estudo: “As plataformas estão finalmente em operação, com 2013 sendo o ano de mais alto rendimento de todos os tempos para suplementos (660 mil barris por dia), o foco voltou para a produção. A questão da eficiência em Campos está sendo solucionada. O caminho do crescimento está de volta".

“Desde que a Petrobras anunciou a possibilidade de um mecanismo transparente de fixação de preços no final de novembro, conhecer os impactos dos aumentos do preço da gasolina e do diesel se tornou prioritário. Se a Petrobras realmente aumentar a produção em cerca de 7% nos próximos anos e encurtar a brecha com os preços internacionais, o desempenho do negócio pode melhorar significativamente, implicando em uma leve valorização para essas ações”, aponta o relatório, com otimismo.

>> The Petrobras Handbook - An investor’s guide to a unique oil company