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Tempo de renovação

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Nos últimos meses, tenho insistido muito com os párocos, administradores paroquiais, vigários paroquiais e capelães de nossa Arquidiocese acerca da grandiosidade do Sacramento da Penitência. Como é importante que em nossas paróquias, capelas, comunidades sempre se tenha um horário fixo para o atendimento das confissões, de maneira auricular, para que os fiéis possam experimentar a grandeza da misericórdia de Deus.

O Papa Francisco, na sua grande lucidez, nas missas que tem celebrado diariamente na Capela da Casa Santa Marta, assim se expressou sobre o sacramento da penitência ou da reconciliação: a confissão é um encontro com Jesus. Ele explicou que a capacidade de se envergonhar dos próprios pecados é uma virtude do humilde, uma virtude cristã e humana. O Papa Francisco enfatizou que na confissão Jesus não espera o ser humano para repreendê-lo, mas o aguarda com ternura, para perdoá-lo. Disse assim o Santo Padre: "Envergonhar-se dos próprios pecados é a virtude do humilde que se prepara para acolher o perdão de Deus". Comentando a primeira Carta de São João, a qual diz que “Deus é luz e n’Ele não há trevas”, o Papa destacou que todos têm momentos de obscuridades na vida, mas isso não significa caminhar nas trevas. “Caminhar nas trevas significa estar satisfeito de si mesmo; estar convencido de que não precisa de salvação. Essas são as trevas! Olhem seus pecados, os nossos pecados: todos somos pecadores, todos. Este é o ponto de partida. Se confessamos nossos pecados, Ele é fiel, é justo a ponto de nos perdoar”. O Pontífice falou que isso acontece no Sacramento da Reconciliação. Acrescentou, ainda, que confessar-se não é como ir à tinturaria para limpar a sujeira das roupas. “O confessionário não é uma tinturaria, mas um encontro com Jesus, que nos espera como somos. Temos vergonha de dizer a verdade, ‘fiz isso, pensei aquilo’, mas a vergonha é uma virtude verdadeiramente cristã e também humana… A capacidade de envergonhar-se é uma virtude do humilde. “Jesus está sempre esperando para conceder o perdão”, lembrou Francisco. Ele disse que confessar não é como ir a uma ‘sessão de tortura’, mas louvar a Deus porque foi salvo por Ele. “E Ele nos espera para nos repreender? Não. Ele nos espera com ternura, para nos perdoar. E se amanhã cometermos o mesmo erro? Confessemo-nos mais uma vez. Ele sempre nos espera”.

Por isso mesmo a orientação para que todos os que irão trabalhar na JMJ em qualquer nível ou situação: procurem se confessar e aproximar-se ainda mais do Senhor, tem sido continuamente dada.

Também durante a JMJ uma das atitudes que faz parte do verdadeiro peregrino é aproximar-se do sacramento da reconciliação. O próprio Papa irá atender alguns jovens no confessionário da Quinta da Boa Vista. 

Além dos confessionários na Feira Vocacional e no Largo da Carioca, em todos os locais de catequese haverá padres disponíveis para as confissões no idioma daqueles que estarão participando desse momento.

A JMJ é uma grande experiência de Deus e a celebração penitencial faz parte desse momento. Por isso, um incentivo a todos os jovens que estão se destinando ao Rio de Janeiro: venham com espírito de peregrinação para um grande momento de fé e reavivamento da vida cristã. Desejo que todos possam retornar renovados para suas casas em seus estados ou países.

Este é um tempo de renovação da vida cristã para todos, para os que trabalham, para os que recebem e para os que chegam! Que todos tenham o coração aberto para esta bela experiência de Deus!

† Orani João Tempesta, O. Cist.  - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ