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O Brasil caminha com a inovação para o futuro

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Nos dias de hoje, quem fala em competitividade fala também em inovação. O mundo globalizado tem aproximado distâncias e democratizado tecnologias; a demanda pelo novo torna-se mais urgente. Inovar também se torna essencial na busca da sustentabilidade, ou seja, do equilíbrio entre o econômico, o social e o ambiental.

Mesmo com um longo caminho para se desenvolver, o Brasil vem se mostrando capaz de inovar, ou seja, de implementar o novo na melhoria de seus processos e produtos, embora ainda em escala menor do que nosso potencial. Algumas empresas brasileiras são líderes em seus segmentos, multinacionais estrangeiras investem em plataformas no Brasil para criar novos produtos e processos; e o poder público tem criado condições para que o país invista em inovação em todos os níveis econômicos, desde o pequeno empresário até grandes conglomerados.

Obviamente, os benefícios da inovação não se limitam às empresas. Para os países e regiões, as inovações possibilitam melhorias econômicas, assim como na qualidade de vida da sociedade, resguardando o princípio prioritário da saúde da população em geral. 

O Brasil é hoje a sexta economia e está no foco do mundo como sendo a bola da vez no que diz respeito às possibilidades de investimento e desenvolvimento de negócios. A descoberta do pré-sal, as grandes obras de infraestrutura, tudo isso coloca o país sob os holofotes do mercado global. Desenvolvimentos tecnológicos também põem o Brasil em evidência. Avanços em pesquisas com a nanotecnologia aplicada em diversos segmentos, desenvolvimentos de cunho sustentável (biocombustível, plásticos de fonte renovável, etc) e tantos outros evidenciam o potencial inovador de nosso país.

Essas considerações representam o alicerce da Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Produtos de Fibrocimento (Abifibro), no tocante ao desenvolvimento de uma tecnologia, permitindo a continuidade da produção dos artefatos de fibrocimento como telhas, painéis, caixas d’água e outros expressivamente utilizados pelas indústrias e pela população em geral, compostos com fios de PVA (Poli Álcool Vinílico) e PP (Polipropileno), avaliados pelo Ministério da Saúde e considerados seguros para os produtores e consumidores finais, a custos perfeitamente compatíveis.

O Polipropileno é um plástico usado em embalagens para alimentos, produtos têxteis e cosméticos, tampas de refrigerante, potes para freezer, garrafões de água mineral, produtos hospitalares descartáveis, tubos para água quente, autopeças, fibras para tapetes, fraldas, absorventes higiênicos, entre outros produtos. É inerte, atóxico e 100% reciclável. Já o Poli Álcool Vinílico é um plástico que pode ser usado com plastificantes (por exemplo, glicerina) para se transformar em produtos análogos ao couro, resistente aos óleos e carburantes,  ou sem plastificantes, como membranas, componente de unguentos e como meio de ligação em preparações, como o fibrocimento. Também é 100% reciclável.

Grande parte dos fabricantes de artefatos de fibrocimento encontra-se preparada para essa nova tecnologia, normalizada pela ABNT NBR 15.210, válida desde 29/04/2005, para produção de telhas e outros produtos em fibrocimento (CRFS – Cimento Reforçado com Fios Sintéticos). A norma em questão foi resultante de uma comissão denominada CB-18, instalada na Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) – com a participação de técnicos, representantes da indústria, universidades, revendas e outros em 2003. Normas internacionais no mesmo sentido já existem há mais de uma década.

Dessa forma, conclui-se que, naquela época, já se consideravam os riscos à saúde pela utilização do amianto, normalizando alternativas viáveis e seguras. 

Segundo o US GBC (Internacional Green Building Council), o Brasil já ocupa a quarta posição no ranking mundial de construções sustentáveis, atrás dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Desenvolvimentos como as fibras sintéticas de PP e PVA garantem a saúde da população, a preservação ambiental – pois são recicláveis –, assim como a economia, uma vez que o custo é compatível com o mercado e tende a cair ainda mais com o uso cada vez mais frequente dessa tecnologia. Isso é sinônimo de sustentabilidade. E é por meio de ações como essa que o Brasil estará cada vez mais em evidência no cenário mundial.

*João Carlos Duarte Paes é presidente da Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Produtos de Fibrocimento.

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