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Hipertensão: a importância das condutas preventivas

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Cerca de 20-30% da população do mundo ocidental são hipertensos, o que pode ser definido como níveis de pressão arterial diastólica (mínima), maior ou igual a 90 mmHg, e/ou pressão arterial sistólica (máxima), maior ou igual a 140 mmHg.

No entanto, apenas ¼ destes, nos EUA e certamente ainda menor no Brasil, estão em terapêutica adequada a manter sua pressão arterial em níveis normais.

Esta condição é um dos mais graves e frequentes fatores de risco para infarto do miocárdio, Acidente Vascular Encefálico, insuficiência cardíaca e renal e, obviamente, morte.

Dentro de um sistema de saúde adequado, deve-se, desde a infância, estimular condutas preventivas da elevação da pressão arterial, como controle de peso, exercício fisíco regular, menor ingesta de sal, álcool e calorias, maior consumo de frutas e vegetais e, em especial, abolir o uso de tabaco.

No entanto, se nos deparamos com um adulto já hipertenso, devemos estimular com drogas e medidas comportamentais o controle da pressão arterial, pois estaremos poupando sofrimento individual e familiar, gastos imensuráveis pessoais e governamentais, e prolongando e qualificando a vida.

O infarto do miocárdio e o acidente vascular encefálico constituem as duas principais causas de óbito em nosso país, e previni-las, além de obrigação, é um ato de inteligência.

O sistema deveria disponibilizar Centros de Referência em Hipertensão Arterial, onde medidas de orientação e terapêuticas fossem conduzidas por profissionais da área de saúde (médicos e enfermeiros) habituados com esta condição que, embora comum, necessita de experiência e ótima relação médico-paciente para seu controle.

José Galvão-Alves é médico, membro da Academia Nacional de Medicina