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No ranking de qualidade de vida da “The Economist” em 140 cidades, Rio cai 23 posições

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A capital austríaca destronou Melbourne no ranking das cidades mais agradáveis onde se viver, segundo o ranking anual do “Economist Intelligence Unit”, o grupo de pesquisa da revista inglesa “The Economist”. Dessa forma, Viena põe fim ao reinado de sete anos da cidade do sul da Austrália. E, pela primeira vez, uma cidade europeia assume a liderança da classificação. O Rio de Janeiro caiu 23 posições em relação a 2017, quando ocupava o 65º lugar no ranking. Este ano a cidade passou para a 88ª posição, cinco pontos à frente de São Paulo, que este ano caiu para 93º na classificação, 15 pontos abaixo do 78º lugar conquistado em 2017. Todos os anos, 140 cidades são avaliadas em uma escala de cem pontos, segundo uma série de indicadores, como o nível de vida, a criminalidade, as redes de transportes, o acesso à educação, à saúde e a estabilidade política e econômica. Viena obteve um resultado quase perfeito, de 99,1 pontos, enquanto Melbourne caiu para segundo lugar, com 98,4. A terceira no pódio é a cidade japonesa de Osaka. Austrália e Canadá dominam o Top 10, com três cidades cada uma. A Austrália conta, além de Melbourne, com Sydney em 5º lugar e Adelaide, em 10º; e o Canadá tem Calgary (4º), Vancouver (6º) e Toronto (7º).

Os pesquisadores indicam que várias cidades do Top 10 têm uma baixa densidade populacional, o que favorece “uma grande gama de atividades de lazer, evitando um alto nível de criminalidade ou de infraestruturas saturadas”. Os dados indicam que Austrália e Canadá têm uma densidade populacional de 3,2 e 4 habitantes por quilômetro quadrado, respectivamente, enquanto a média mundial é de 58.

Japão, com Osaka e Tóquio (em 7º, empatado com Toronto) no Top 10, é o exemplo contrário dessa observação, com uma densidade de 347 habitantes por quilômetro quadrado. Em compensação, essas duas cidades são reconhecidas pela qualidade de suas redes de transporte e de seu nível de vida. Do resto das cidades europeias, a única a aparecer entre as 10 primeiras é a capital dinamarquesa, Copenhague, em 9º lugar. Os pesquisadores indicam que núcleos financeiros como Paris (19º), Londres (48º) e Nova York (57º) são “vítimas de seu sucesso”, com uma insegurança mais elevada e infraestruturas às vezes saturadas, o que limita seus atrativos. Na parte inferior do ranking, as cinco cidades menos acolhedoras são Damasco (Síria), em último lugar, precedida por Daca (Bangladesh), Lagos (Nigéria), Karachi (Paquistão) e Port Moresby (Papua-Nova Guiné) O estudo também destaca cidades que melhoraram na pontuação. Entre elas, Abidjan (Costa do Marfim), Belgrado (Sérvia) e Teerã (Irã) progrediram no nível de vida nos últimos cinco anos, com notas superiores a 5%. Kiev (Ucrânia) liderou a perda de pontos nesse período devido ao contexto político violento. As cidades de San Juan, em Porto Rico (89º), com 69,8 pontos, devastada por um furacão no ano passado; a capital venezuelana Caracas (126º), com 51,3; e a capital paraguaia Assunção (102º), com 64,3, perderam pontuação de maneira significativa em relação ao mesmo período. Em outro estudo, de março de 2018, a consultoria Mercer também situou Viena na liderança de seu ranking das cidades que oferecem maior qualidade de vida no mundo, pelo nono ano consecutivo. (Com AFP)