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Rio de Janeiro confirma seus dois primeiros casos de sarampo em 18 anos

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O Rio de Janeiro registrou os dois primeiros casos de sarampo em 18 anos, informou nesta segunda-feira (9) a secretaria estadual de Saúde, depois que o vírus foi encontrado em outras regiões do Brasil.

A secretaria informou em comunicado que os pacientes são estudantes da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Na semana passada o Ministério de Saúde confirmou um surto de sarampo nos estados Amazonas e Roraima, ao norte do país, onde o vírus estava erradicado desde 2016.

Até 20 de junho, 463 casos (200 em Roraima e 263 em Amazonas) foram confirmados e 1.545 estão sendo investigados, segundo informou o Ministério em um boletim.

As únicas duas mortes por sarampo neste ano foram registradas Roraima, estado limítrofe com a Venezuela e principal receptor do crescente fluxo de migrantes provenientes do país. Justamente dois venezuelanos morreram no começo de 2018 por causa da doença.

Segundo os estudos de laboratório, a cepa do vírus encontrado no Brasil é a mesma em circulação na Venezuela, país que sofre uma forte crise com elevada escassez de alimentos, produtos básicos e medicamentos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até 11 de junho dois casos de sarampo foram confirmados entre ianomâmis brasileiros na mesma região fronteiriça e outros 24 casos em indígenas venezuelanos. Ainda há 61 casos em investigação.

A organização de direitos humanos Survival International emitiu um alerta: "Estas comunidades são as mais vulneráveis. Ajuda médica urgente é o único que se interpõe entre eles e a devastação", disse o diretor, Stephen Corry.

O sarampo é uma doença contagiosa, de transmissão respiratória, causada por um vírus. Manchas vermelhas na pele, febre, tosse e conjuntivite são alguns dos sintomas.

A vacinação do Brasil é permanente, mas o governo intensificou as operações pelos baixos índices recentes de imunização e reaparecimento da doença.

pr/js/rsr/cc