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Bretas condena Eike Batista a 30 anos de prisão por propina a Cabral

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O juiz Marcelo Bretas condenou Eike Batista a 30 anos de prisão e a uma multa de R$ 53 milhões. O ex-bilionário é acusado de pagar US$ 16,5 milhões em propina ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral em 2010. É a primeira condenação do empresário. 

Bretas também impôs uma pena de 22 anos e 8 meses de prisão a Sérgio Cabral, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão divisas. É a sexta condenação contra o ex-governador, que agora acumula 122 anos e 8 meses de prisão. 

Outras quatro pessoas também foram condenadas: a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, sentenciada a 4 anos e seis meses de prisão; Flávio Godinho, ex-vice-presidente do Flamengo que trabalhou para o grupo EBX, que pegou 22 anos; o ex-secretário Wilson Carlos, 9 anos e 10 meses; e o ex-braço direito de Cabral, Carlos Miranda, 8 anos e 6 meses.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, a fim de ocultar o pagamento a Cabral, o doleiro Renato Chebar criou uma offshore chamada Arcadia Associados, que assinou um contrato fictício com a empresa Centennial Asset Mining Fund, de Eike Batista, para a possível aquisição de uma mina de ouro.

Pela falsa intermediação, a Arcadia receberia 1,12% do valor da transação. Os recursos foram transferidos de uma conta de Eike Batista no Panamá para uma conta da Arcadia, de Chebar, aberta no Uruguai.

Em interrogatório, Cabral negou que tenha recebido a propina, e declarou que Eike contribuiu para o caixa dois de sua campanha, em repasse que teria sido organizado entre Godinho e Chebar.

Eike chegou a ser preso na Operação Calicute em janeiro de 2017, sob acusação de pagar as propinas de US$ 16,5 milhões a Cabral. Na acusação, o Ministério Público Federal assinalou, sobre Eike, "sua contemporânea disposição de ludibriar os órgãos estatais de investigação".