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Dono de site que disseminou post sobre desembargadora e Marielle assume autoria

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Carlos Augusto de Moraes Afonso, dono do site Ceticismo Político, assumiu em post publicado neste sábado (24) ser a pessoa que está por trás do pseudônimo "Luciano Ayan", no Facebook. Foi ele que editou o post “Desembargadora quebra narrativa do PSOL e diz que Marielle se envolvia com bandidos e é ‘cadáver comum’”, que recebeu mais de 360 mil compartilhamentos nas redes sociais.

"Em virtude dos últimos acontecimentos envolvendo o pseudônimo “Luciano Ayan”, o MBL e o caso da desembargadora que fez comentários sobre a morte da vereadora Marielle Franco, é importante que os leitores tomem ciência de fatos importantes. No último fim de semana, o site Ceticismo Político, criado por mim (e que hoje possui vários colaboradores) publicou uma matéria sobre a desembargadora Marília, que fez acusações sobre a vereadora Marielle, que havia sido assassina na quarta (14)", diz em seu texto.

Ele nega que tenha distorcido os fatos:

"O post basicamente apontava o conteúdo da matéria de Mônica Bergamo. O post, publicado por colaboradores, mas editado por mim, trata as declarações de Marília como se fossem uma ironia e usa o termo “quebra de narrativa”, principalmente ao mencionar o fato de que foi levantada a hipótese de que Marielle talvez não tivesse sido vítima de um crime político. Ou seja, são os fatos, acompanhados de uma análise. A desembargadora realmente fez as declarações que fez. As dúvidas já estão lançadas e não é mais possível que membros do PSOL afirmem que Marielle certamente “foi vítima de crime político” sem serem questionados. Nós não sabemos quem matou Marielle, mas o PSOL também não sabe. Isso significa que a narrativa daqueles que querem culpar a PM ou a intervenção está “quebrada” até que surjam fatos novos."

Carlos ainda conta por que decidiu criar o site Ceticismo Político:

"Nas horas vagas decidi, há mais de 13 anos, estudar métodos relacionados à dinâmica política. Inicialmente, realizava refutações básicas de discursos, mas a partir de 2011 comecei a desenvolver um método para a guerra política. Sinto dizer aos meus oponentes: o método funciona que é uma beleza."

Deletado

Em nota, o Facebook confirma que excluiu a página, mas o fez porque os "padrões da comunidade não permitem perfis falsos". Por meio de sua assessoria de imprensa, a rede social não quis informar o endereço do perfil deletado, mas confirmou que uma página envolvendo o site Ceticismo Político foi excluída porque não foi comprovada a veracidade das informações do perfil do administrador na rede social. "Páginas administradas por perfis falsos também violam nossa política".Atualmente, a plataforma exige que as páginas sejam administradas por um perfil pessoal também registrado no Facebook.